sexta-feira, 31 de julho de 2015

Professores da UFF mantêm greve e querem aumentar pressão sobre governo

Assembleia ratifica contraproposta que pode ser apresentada ao governo nas negociações; docentes veem greve em fase decisiva e conclamam categoria a participar mais

Os professores da Universidade Federal Fluminense mantiveram a greve da categoria e decidiram intensificar a mobilização para pressionar o governo e arrancar respostas nas negociações. Os docentes ratificaram ainda a contraproposta salarial debatida no fórum nacional dos servidores, a ser levada ao governo, e acrescentaram uma série de itens como prioridades para negociação específica do setor.

A assembleia realizada na sexta-feira (31), no auditório Florestan Fernandes, na Faculdade de Educação, no Gragoatá, destacou a importância de dar mais visibilidade ao movimento neste momento da campanha salarial. Fez-se um chamado à categoria para reforçar a participação nas próximas atividades da greve: haverá ato na reitoria na quarta-feira (5), às 14 horas, quando serão levadas as demandas dos campi fora da sede ao reitor; nova caravana a Brasília, para marcha conjunta dos servidores no dia 6 de agosto. Para participar da marcha à capital federal, os interessados devem entrar em contato com a secretaria da Aduff-SSind até segunda-feira 3 (pelo email aduff@afuff.org.br).

Os docentes debateram, com indignação, a notícia de que o governo federal fará novos cortes no orçamento da educação pública e acaba de liberar R$ 5 bilhões extras para o Fies (programa de financiamento estudantil). “É impressionante a capacidade do governo federal de nos surpreender negativamente. A “pátria educadora” revela cada vez mais sua face cruel para com o ensino público e os direitos sociais de forma geral. Enquanto o governo aumenta a taxa básica de juros e torra 3 bilhões de reais por dia para pagar/rolar a dívida pública, anuncia, nesta quinta-feira (30/07), mais cortes no orçamento - R$ 1,1 bilhão a menos apenas no MEC”, diz trecho inicial da carta do Comando Local de Greve distribuída na assembleia.

A contraproposta salarial aprovada reivindica reajuste de 19,7%, no lugar dos 27,3%, em uma única parcela, a partir de janeiro de 2016 – esse percentual refere-se às perdas salariais passadas até aqui, não considera nem aumento real, nem a projeção de perdas futuras. Os docentes também decidiram levar ao Comando Nacional de Greve a proposta de que sejam tratados como prioridade nas negociações com o MEC as seguintes questões: compromisso de não contratação via OS; cronograma e definição de vagas para concursos públicos; compromisso com a integralização das verbas orçamentárias (cronograma de obras e retomar o valor da verba de custeio previsto no orçamento de 2015 como mínimo). Também decidiram levar ao CNG a proposta de que o programa de expansão da universidade seja suspenso enquanto não existirem recursos para que ele seja realizado com qualidade.

A manutenção da greve foi aprovada com 88 votos a favor, um contra e três abstenções. A próxima assembleia será no dia 10 de agosto, às 14 horas, em local a ser confirmado. Mas os docentes decidiram entrar em ‘estado de assembleia permanente’, o que significa que, em decorrência das negociações e de desdobramentos nacionais, assembleias podem ser convocadas a qualquer momento, com 24 horas de antecedência, caso necessário. 

DA REDAÇÃO DA ADUFF
fotos: Professores na assembleia desta sexta-feira (31), que manteve a greve na UFF
crédito: Luiz Fernando Nabuco

*Em Breve, mais da cobertura da assembleia neste blog

Docentes têm até segunda (3) para se inscrever na caravana da greve a Brasília


Atenção, docentes!

Os professores da UFF interessados em participar da Caravana da Educação, que vai a Brasília no dia 6 de agosto, têm até segunda-feira (03) para comunicar o interesse ao sindicato. O pedido deve ser feito através de e-mail para aduff@aduff.org.br e enviado aos cuidados de Luiza. A solicitação pode ser feita até às 18h.



DA REDAÇÃO DO ANDES-SN


Greve dos servidores federais se amplia e Fórum chama marcha para 6 de agosto

A greve dos Servidores Públicos Federais se amplia com a adesão de novas categorias à paralisação por tempo indeterminado para pressionar o governo federal por negociações efetivas em torno da pauta unificada dos SPF e contra a proposta de reajuste parcelado, em quatro anos.

Além dos docentes e técnicos da Educação Federal, representados pelo ANDES-SN, Fasubra e Sinasefe, servidores do Judiciário, base da Fenajufe, da Saúde e Previdência Social (Fenasps) e trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz, a Condsef deflagrou greve na última segunda-feira (27).

Para intensificar a mobilização, o Fórum das Entidades Nacionais dos SPF divulgou nesta terça-feira uma nota pública, através da qual convoca os servidores federais para ampla participação na Marcha à Brasília, que acontece no dia 6 de agosto. O documento foi definido em reunião do Fórum realizada na segunda-feira (27), com a presença da maioria das entidades nacionais representativas das diversas categorias do funcionalismo federal.

De acordo com a nota, “após um amplo e democrático debate, por unanimidade, as todas as entidades presentes reconheceram a importância da unidade construída até o momento e, através dos informes dados na reunião, foi possível constatar que há um intenso processo de mobilização com greves fortes que estão num ascenso com a possibilidade de mais categorias entrarem em greve até o final de julho”.

O documento ressalta que, embora o governo esteja reafirmando a proposta de índice parcelado em 4 anos, a força das greves e da luta das entidades do fórum envolvidas na campanha salarial, conseguiu arrancar nessa última reunião uma proposta que envolve reajustes nos benefícios na qual não existia anteriormente.

A proposta de reajuste de 21,3%, parcelado em quatro anos, foi rechaçada novamente pelas entidades presentes, que em acordo, encaminharam ainda cobrar do governo federal efetividade nas negociações das pautas especificas, sem que estas estejam condicionadas ao aceite da proposta de reajuste parcelado; melhoraria nos reajustes dos benefícios, com isonomia dos benefícios entre os servidores dos três poderes; negociação efetiva em relação a política de negociação salarial permanente e data base; e a reafirmação, na mesa de negociação, da pauta aprovada no início do ano pelo Fórum, em reunião ampliada da campanha salarial 2015.

Estudo de contraproposta 



Durante de segunda-feira (27), foi apresentado um estudo de contraproposta apenas para o ponto da pauta que se refere ao índice de reajuste salarial reivindicado para ser avaliado pelas entidades que fazem parte do Fórum dos SPF.

O estudo aponta uma contraproposta de índice de reajuste linear de 19,7%, em uma única parcela para 2016. O cálculo feito levou em consideração a inflação acumulada desde 1º de julho de 2010 até junho de 2015 (data do último índice de inflação real), descontando o reajuste de 15,8% concedido no acordo de 2012, em três parcelas, para algumas entidades dos SPF.

A proposta original do Fórum dos SPF, em relação ao índice linear de 27,3%, levou em consideração a inflação acumulada desde 1º de julho de 2010 (data da vigência da última parcela do reajuste trienal concedido em 2008 para algumas categorias) até janeiro de 2015, agregando ainda a projeção de inflação até dezembro de 2016 e ainda 2% de aumento real, em uma parcela única para 2016, descontando o reajuste de 15,8% concedido no acordo de 2012, em três parcelas, para algumas entidades.

De acordo com Marinalva Oliveira, 1ª vice-presidente do ANDES-SN, o estudo de contraproposta mantém a defesa do acordo anual e de reposição das perdas inflacionárias do último período. Marinalva ressalta que os demais pontos da pauta unificada dos SPF se mantém na forma como foi protocolada em fevereiro de 2015.

“Importante destacar que este estudo trata da mesa geral de negociação com as entidades nacionais dos SPF, portanto, não está vinculado à pauta específica da greve nacional dos docentes federais. Além disso, o estudo ainda terá que ser avaliado por todas as entidades antes de ser apresentado como uma contraproposta”, afirmou.

Confira algumas das reivindicações da Campanha Unificada 2015 dos SPF:
  • Politica salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias;
  • Índice linear de 27,3%;
  • Data-base 1º de maio;
  • Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT);
  • Paridade Salarial entre ativos e aposentados;
  • Retirada dos projetos do congresso nacional que atacam os direitos dos servidores;
  • Aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores;
  • Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes




quinta-feira, 30 de julho de 2015

‘UFF em greve' participa de ato conjunto dos servidores federais no Rio

Manifestantes, que percorreram a av. Rio Branco, contestam medidas de 'ajuste fiscal' do governo Dilma e dizem que 'trabalhadores não vão pagar pela crise'  

Professores, técnicos e estudantes da Universidade Federal Fluminense participaram, na tarde e início da noite desta quinta-feira (30), de manifestação conjunta do funcionalismo público federal no Rio que contestou o ‘ajuste fiscal’ do governo. 

"Os trabalhadores não vão pagar pela crise", dizia a faixa de cinco metros de largura que abria a passeata e defendia ainda greve geral contra os ataques do governo Dilma. Cerca de 1.200 pessoas participaram do ato, que reuniu servidores em greve não apenas na educação, mas também na saúde e na previdência e de outros setores em mobilização.

Iniciada na Candelária, a manifestação terminou na Cinelândia, mais tradicional palco de atos políticos da capital fluminense. "Estamos vivendo uma verdadeira ditadura dos bancos", disse o professor Luiz Acosta, primeiro vice-presidente da seção do Andes-SN no Rio, já na parte final da atividade. "A dívida pública não para de crescer e o custo dessa dívida [recai] sobre os trabalhadores", disse. 

Na segunda-feira (3), o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais se reúne em Brasília, para organizar as próximas atividades da campanha salarial – nova marcha nacional à capital federal está sendo convocada para quinta-feira (6). A expectativa é de que haja mais uma rodada de negociações com o Ministério do Planejamento nos próximos dias, porém a data ainda segue indefinida. 

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
fotos: Passeata conjunta dos servidores no Rio, na quinta-feira (30)


Unidades fora de sede convocam para ato na quarta (05), em frente à reitoria da UFF


Manifestação foi deliberada no I Encontro dos Campi da UFF fora da sede

Na próxima quarta-feira (05), a comunidade acadêmica da UFF fora de Niterói realiza ato em frente à reitoria. A intenção do movimento é entregar ao gestor da universidade, Sidney Mello, a pauta específica de reivindicações do interior. O documento foi elaborado ao final do I Encontro dos Campi da UFF fora da sede, realizado no dia 28 de julho, em Rio das Ostras (clique e saiba mais). O ato acontece a partir das 14h. A concentração é às 13h30, na Cantareira. É importante destacar que a comunidade acadêmica de Niterói está convida a participar da atividade, que integra o calendário da greve na Universidade Federal Fluminense.

Ônibus e creche
Interessados em participar do evento podem entrar em contato com os comandos locais de greve nas unidades do interior. Docentes, estudantes e técnicos-administrativos estão se mobilizando localmente para garantir a presença de todos. Durante o período da atividade, haverá espaço de ciranda para crianças, na sede da Aduff-SSind (Rua Prof. Lara Vilela, 110, São Domingos – Niterói). O espaço contará com profissionais especializadas em recreação infantil.

Interiorização precarizada e corte de verbas na Educação
Além da sede, em Niterói, a Universidade Federal Fluminense está presente em mais sete cidades do Estado do Rio de Janeiro: Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Volta Redonda, Nova Friburgo, Angra dos Reis, Macaé e Santo Antônio de Pádua. O projeto precarizado de expansão universitária, promovido pelo Governo Federal e pelas últimas administrações da UFF, gerou desafios e problemas específicos nesses campi.

A abertura de cursos sem garantir condições mínimas para seu funcionamento (como estrutura física adequada, assistência estudantil e contratação suficiente de docentes e de técnico-administrativos) prejudica – quando não inviabiliza – o tripé ensino, pesquisa e extensão.   No momento em que a Federal Fluminense vive a greve unificada de 2015, a comunidade acadêmica da UFF fora de Niterói quer pautar esse debate na universidade, ser ouvida e recebida pelo reitor Sidney Mello. Tod@s à reitoria na quarta-feira! 

quarta-feira, 29 de julho de 2015

CUV aprova moção de apoio à greve na UFF



Na manhã desta quarta-feira (29), o Conselho Universitário (CUV) da Universidade Federal Fluminense finalmente se reuniu e após dia 61 dias de greve aprovou por unanimidade moção de apoio à greve da UFF, proposta pelo conselheiro dos técnicos-administrativos, Pedro Rosa. Nem o reitor Sidney Mello nem o vice Antonio Claudio Lucas da Nóbrega estiveram presentes na reunião. A conquista foi fruto da mobilização e da luta dos três segmentos. 

Educação em greve convoca ato para ato nesta quinta (30), na Candelária


Os trabalhadores não vão pagar pela crise!
Contra o ajuste fiscal do governo e os cortes na Educação!
Concentração às 16h, na Candelária.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Comandos de Greve da UFF cobram da reitoria respostas à pauta interna

Docentes, técnicos e estudantes se reuniram com o Comitê Gestor para debater as reivindicações comuns aos três segmentos na pauta interna da greve
DA REDAÇÃO DA ADUFF

Por Aline Pereira
Os representantes dos Comandos Locais de Greve dos docentes, dos técnico-administrativos e dos estudantes se reuniram com o Comitê Gestor da UFF, na tarde da segunda-feira (27), para discutir a pauta unificada dos três segmentos. Os grevistas enfatizaram que não estavam ali representando suas entidades, Aduff-SSind, Sintuff e DCE, mas sim como representantes dos Comandos de Greve. Reiteraram que aquela reunião não caracterizava os trabalhos da Mesa de Negociações Permanente da reitoria, da qual o Sintuff se retirou por conta de processo judicial impetrado contra o sindicato e um dos seus coordenadores, Pedro Rosa. Por decisão de assembleia geral dos docentes, a Aduff-SSind também não tem participado da Mesa de Negociação, por entender que é preciso solucionar primeiramente essa questão, uma vez que qualquer tipo de criminalização dos movimentos sindicais na UFF não contribui para o desenvolvimento do diálogo.

Professores, técnicos e estudantes em greve também lamentaram, mais uma vez, o fato de o reitor da UFF, Sidney Mello, se recusar a receber a representação dos Comandos Locais na instituição para uma conversa. Criticaram a insistência para que o Comitê Gestor permaneça como o canal de diálogo e de deliberação entre a UFF e os grevistas, salientando que na história da universidade, é a primeira vez que o reitor não dialoga com os representantes dos Comandos em greve, demonstrando, portanto, falta de vontade política. “Temos feito diversas reuniões, solicitando que o Professor Sidney Mello nos receba. Entretanto, num gesto de boa vontade de nossa parte, aceitamos conversar com alguém, com poder de negociação e de deliberação, conforme a designação da reitoria, para discutirmos a pauta unificada”, disse Renata Vereza, pelo Comando Local de Greve dos Docentes - CLG. O servidor Pedro Rosa, pelo Comando de Greve dos técnicos, também criticou a ausência. “A UFF passa por uma das maiores crises da sua história, estrangulada pela política governamental. Não compreendemos a ausência permanente do reitor para tratar dessas questões. O reitor tem que se posicionar”, disse.

Renata Vereza afirmou que a pressão do movimento iniciado no dia 28 de maio, contribuiu nas últimas semanas para que a administração central atendesse algumas demandas dos grevistas, como o acatamento do pleito da Aduff-SSind, com base na Lei da Transparência, para acesso aos contratos firmados pela UFF e as construtoras, e os outros firmados entre a instituição e as empresas de terceirização, incluindo seus termos aditivos. Outro avanço foi a deliberação do CEP, que em sessão extraordinária realizada recentemente decidiu, entre outras medidas, adiar o início do segundo semestre letivo e manter aberto o sistema para lançamento de notas até que a greve termine.   

A reunião foi conduzida por Alberto di Sabbato, pró-reitor de Pessoal em exercício, substituindo Túlio Franco, que está em férias. Para ele, o contingenciamento de verbas é uma realidade na UFF e tanto os administradores e os grevistas devem buscar um entendimento para superarem, juntos, essa condição adversa. “Temos objetivo de ter uma universidade inclusiva e socialmente referenciada”, disse. “Com esse espírito, temos que começar a conversar, porque, temos o mesmo objetivo”.

Os representantes dos CLG observaram que a crise é grave, culminando com a retirada de verbas da Educação – o que afetou a UFF, inegavelmente. Entretanto, salientaram que a política de ajuste fiscal do governo não pode ser utilizada como justificativa para explicar parte dos problemas vivenciados pela universidade, argumentando que algumas demandas do movimento de técnicos, estudantes e professores são antigas e não carecem de investimentos financeiros, como, por exemplo, o debate democrático sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional; convocação da estatuinte na UFF e definição do Colégio de Aplicação da UFF (Coluni) como unidade da UFF, com eleições para a escolha da direção.

“Hoje fica difícil negar que existe uma crise na universidade, mas faz alguns anos que os movimentos organizados alertam para essa questão. Falar que a crise de hoje pode ser explicada pelo contingenciamento de verbas, é uma forma de ‘aliviar um pouco a barra’”, disse o técnico-administrativo Lucas Mello, argumentando que a pauta de reivindicações é antiga e que a universidade deve estabelecer diálogo efetivo com o movimento social. “Precisamos sair dessa reunião com algum posicionamento claro, por exemplo, a respeito da Ebserh ", disse, ao defender que a UFF rejeite esse modelo e que busque meios democráticos com a comunidade acadêmica para garantir o funcionamento do Hospital Universitário Antonio Pedro,  com qualidade e com contratação de pessoal por concursos públicos via Regime Jurídico Único. Ele também reivindicou mais democracia na gestão do Huap e no tratamento com os seus servidores. Outra questão levantada foi a garantia de cumprimento do resultado do plebiscito dos cursos pagos, que deliberou pelo fim da cobrança de mensalidades na UFF.

O servidor ainda questionou se o Comitê Gestor acha que a instituição tem condições de funcionar sem resolver alguns problemas básicos, que são anteriores à crise agravada pelo contingenciamento de verbas. “Existem condições para abertura de novos campi da UFF em novas cidades, sem que os que já existem estejam em condições mínimas de funcionamento, sem política de assistência estudantil, e com a destinação de vagas de professores e de técnico-administrativos?”, indagou. “Esse é o compromisso de resolver os problemas? Em nossa opinião, vocês não estão no mesmo lado que a gente; estão gerindo um projeto de universidade que se expande mediante a precarização; por isso, não existe um posicionamento claro da UFF encaminhando a pauta interna”, afirmou.

Orçamento e a “escolha de Sofia”

Renata Vereza pediu que o Comitê se posicionasse em relação à declaração dos representantes do Executivo que, em reunião com o Fórum Nacional dos Federais, que reúne o Andes-SN e outras entidades da categoria, afirmou que havia mais de nove mil vagas para concursos destinadas aos professores nas Instituições de Ensino Superior (IES). Também afirmaram que os reitores das universidades deveriam escolher as contas que prefeririam pagar.

Alberto di Sabbato disse que já houve a abertura de concursos, abrangendo mais de cem vagas docentes para a UFF e mencionou recente seleção pública para preencher vagas de técnico-administrativos. De acordo com ele, os concursos não estão paralisados. Mencionou que a UFF preencheu 24 vagas de professores efetivos no Coluni e que a abertura de novas vagas dependem do Ministério do Planejamento.

Disse ainda que a gestão, no cenário de crise, já tem optado quais contas são as mais importantes. “É a escolha de Sofia”, definiu, esclarecendo que o pagamento das bolsas e dos salários dos funcionários terceirizados tem sido a prioridade. “O recurso que recebemos não é suficiente para dar conta do custeio da universidade e isso já foi relatado diversas vezes”, disse.

O Comitê Gestor também afirmou ter solucionado os problemas que envolviam atrasos de direitos trabalhistas dos contratados pela Vpar. E revelou que, em reunião com o MEC, em Brasília, a reitoria apresentou proposta solicitando aporte financeiro para garantir a conclusão de algumas obras e que ainda aguardam um pronunciamento do Executivo sobre o assunto – o que, segundo ele, deve acontecer até o final de agosto.

O pró-reitor de administração, Néliton Ventura, disse que os recursos são carimbados, vêm para Ensino à Distância, assistência estudantil, relações internacionais. “De fato, a UFF tem autonomia de gestão financeira. Mas, estamos praticamente em agosto e até hoje estamos sem orçamento e não podemos nos planejar”, informou. 

Quem participou


Participaram da reunião os representantes dos respectivos Comandos Locais de Greve. Pelos docentes, Renata Vereza e Francine Helfreich; pelos técnico-administrativos, Pedro Rosa, Lucas de Mello, Márcia Carvalho e Sebastiana Palmeira; pelos discentes Mariane Medeiros (Serviço Social), Pedro Mansur (Física) e Rafael Souza (História). A reitoria foi representada pelos pró-reitores Néliton Ventura (Proad), Roberto Kant de Lima (Proppi) e por Alberto Di Sabbato (substituindo Túlio Franco, da Progepe); Gabriel Vitorino Sobreira, assessor do reitor; Marco Aurélio; gerente do setor de processos administrativos disciplinares; Lênin Pires, gerente geral das unidades descentralizadas; Leonardo Backer, assessor de gabinete da reitoria. 

Leia mais sobre a reunião com o Comitê Gestor na próxima edição do jornal da Aduff-SSind. 

I Encontro dos Campi da UFF fora de sede elabora pauta de reivindicações comum e convoca ato na reitoria



Próximo encontro será realizado no final de agosto, na UFF de Nova Friburgo

Cerca de 60 pessoas, entre estudantes, professores e técnicos-administrativos da UFF, estiveram presentes em Rio das Ostras, nesta segunda-feira (28), para o I Encontro dos Campi da UFF fora da sede. A iniciativa para a realização do evento histórico na Universidade Federal Fluminense partiu de docentes de Rio das Ostras e Nova Friburgo e contou com o apoio da Aduff-SSind e do Comando Local de Greve dos docentes. Todos os campi estavam representados com pelo menos um integrante. O II Encontro dos Campi da UFF fora da sede será realizado no final de agosto, em Nova Friburgo, com o desafio de aumentar ainda mais a participação e organicidade do espaço.

O evento, que teve como tema ‘a precarização a partir da expansão universitária’ propôs um debate amplo sobre as particularidades, dificuldades e desafios dos campi fora de sede no momento em que a UFF vive a greve unificada de 2015. Além da sede em Niterói, a Federal Fluminense está presente em mais sete cidades do Estado do Rio de Janeiro: Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Volta Redonda, Nova Friburgo, Angra dos Reis, Macaé e Santo Antônio de Pádua.

Deliberações
Ao final do encontro, os participantes elaboraram, a partir dos debates promovidos durante toda a segunda-feira, uma pauta comum de reivindicações dos campi da UFF fora da sede. O documento já está sendo sistematizado e será entregue ao reitor da Universidade, Sidney Mello, em ato organizado pelo interior, na semana que vem. A data da manifestação será divulgada em breve. É importante destacar que a comunidade acadêmica de Niterói está convida a participar do ato.



Afeto e unidade na luta


Além da troca de vivências e do amplo debate sobre a interiorização da UFF – sua forma e conseqüências -, o encontro foi marcado pelo clima de companheirismo e respeito entre os presentes, ampliando a participação no espaço e tornando-o mais democrático.

O Encontro teve início às 13h com um grande almoço coletivo organizado pelos docentes de Rio das Ostras, contou com espaço de recreação infantil e com a presença do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).


*Confira a reportagem completa sobre o Encontro na próxima edição do jornal da Aduff-SSind.


Assembleia Geral acontece na próxima sexta-feira (31), às 14h, no Bloco D



Próxima assembleia geral dos docentes da UFF acontece no dia 31 de julho, sexta-feira, às 14h, no Auditório Florestan Fernandes (Bloco D) - Campus do Gragoatá. Em pauta: Informes, avaliação da Greve e encaminhamentos. Participe!

Greve dos docentes federais completa dois meses nesta terça-feira (28)

DA REDAÇÃO DO ANDES-SN
Foto: Andes-SN



Após dois meses em greve, completados nesta terça-feira (28), os docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE) continuam mobilizados e pretendem intensificar ainda mais a luta no mês de agosto, para avançar nas negociações com o governo e alcançar conquistas reais para a categoria. Na pauta de reivindicações dos docentes está a defesa do caráter público da universidade, melhores condições de trabalho e ensino, garantia da autonomia universitária, reestruturação da carreira docente e valorização salarial de ativos e aposentados. Em greve desde o dia 28 de maio, o movimento contou no primeiro dia da greve com a adesão 18 seções sindicais. Atualmente, o movimento paredista já conta com a adesão de 41 seções sindicais, segundo o último quadro divulgado pelo Comando Nacional de Greve (CNG) das IFE, no dia 24. Veja lista aqui.

Segundo Joselene Ferreira Mota, do CNG, o movimento grevista tende a crescer em agosto, por se tratar de ser um mês de retomada do recesso do período letivo, quando a precarização das instituições, acentuada pelos os cortes orçamentários, tende a se agudizar. “A greve tem se fortalecido a cada dia, com o número de seções sindicais do ANDES-SN que duplicou nestes dois meses. Mesmo levando em conta que o início da greve não foi fácil, por conta do período letivo - final de semestre - e muitos professores ficaram receosos em aderir à paralisação, dentre tantas outras dificuldades, estamos vendo como os cortes estão sendo materializados em algumas universidades". Recentemente, houve novo corte feito pelo governo federal, no valor de R$ 8,6 bilhões. O último corte nas áreas sociais havia sido de R$ 69,9 bilhões. Agora, o total chegará a R$ 79,4 bilhões.

Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, explica que diante dos cortes anunciados pelo governo federal, que integram as medidas de ajuste fiscal, e retiram recursos diretamente das instituições, a greve dos docentes e técnicos passou a ter uma grande importância na luta, na tentativa de revertê-los. “Se a situação continuar do jeito como está, as instituições não terão a menor condição de funcionamento no segundo semestre”, disse.

Unidade


O presidente do Sindicato Nacional destacou como fundamental a unidade dos Servidores Públicos Federais (SPF) na mobilização através das greves. Ele enfatiza a importância das entidades que deflagraram greve no mês de julho, como o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e a adesão da base da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) para o fortalecimento do movimento paredista.

“A greve dos professores e também dos demais servidores federais tem crescido diante da posição intransigente do governo, que insiste em apresentar um reajuste salarial inaceitável, que não repõe a inflação, e não traz nenhuma proposta para os demais itens da pauta unificada dos SPF. A intensificação da mobilização e o fortalecimento do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF foram importantes para consolidar a unidade dos SPF, que rejeitaram de forma unânime essa proposta do governo [reajuste de 21,3%, parcelado em quatro anos]”, contou Rizzo citando as negociações com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SRT/Mpog).

Marcha


Os docentes tiveram uma ampla participação na Marcha dos Servidores Públicos Federais (SPF) que ocorreu em Brasília (DF), no último dia 22, e que contou com mais de seis mil pessoas. Respondendo à convocação do Comando Nacional de Greve (CNG), os docentes das IFE vieram de diversos estados para pressionar o governo federal a interferir nas negociações entre os SPF e a SRT/Mpog e que este respondesse a pauta de reivindicações efetivamente. A pressão do movimento, fez com que uma comissão representativa do Fórum das Entidades Nacionais dos SPF fosse recebida pela Secretaria Geral da Presidência da República em uma audiência, com objetivo de dar continuidade ao processo de negociação salarial dos eixos da campanha unificada para 2015 dos servidores públicos. De tarde, em reunião setorial com entidades representantes dos docentes da Educação Federal, a Secretaria de Relações do Trabalho do Mpog reafirmou a proposta já apresentada ao Fórum das Entidades Nacionais dos SPF de reajuste de 21,3%, parcelado em quatro anos. A proposta que já foi rechaçada pelo Fórum, também foi recusada pelo ANDES-SN e Sinasefe.

Para a representante do CNG, Joselene, a greve unificada junto com os SPF tem dado um “certo fôlego” para o movimento na articulação das marchas e caravanas, nas atividades com o Fórum dos SPF, o que resultou em uma maior visibilidade à greve.

Caravana

No dia 7 de julho, a união das categorias dos três segmentos da Educação Federal, junto com os estudantes, fortaleceu a mobilização. Mais de três mil pessoas protagonizaram um grande ato em defesa da Educação Pública na capital federal. Docentes, técnicos e estudantes se reuniram em frente ao Museu da República e marcharam até o Ministério da Educação, para exigir uma audiência com o ministro, Renato Janine, e cobrar a reversão dos cortes no orçamento da Educação Federal e mais investimentos na área. Após a recusa do ministro em receber os manifestantes, foi protocolado o Manifesto em Defesa da Educação Pública, fruto dos debates realizados na Reunião da Educação Federal, no dia anterior, com a participação de mais de 600 pessoas. Confira aqui o documento.

Desafios

Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional, acredita que o “grande desafio que temos agora no final de julho e começo de agosto é o de fortalecer a greve e a unidade dos SPF, para forçar o governo a avançar na negociação com o Fórum e responder a pauta específica do ANDES-SN. Precisamos, também, ampliar a mobilização exigindo o fim dos cortes. A nossa greve não vai se resolver somente pela questão salarial, ela tem o objetivo da defesa do caráter público das instituições e a reversão dos cortes”, conclui.

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Fonte: ANDES-SN

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Assembleia aprova intensificar greve para pressionar por negociação

Delegação da Aduff-SSind no 60º CONAD também foi eleita










            DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind

Às vésperas de completar dois meses de paralisação na UFF, reunidos em assembleia na tarde dessa sexta (24), os professores decidiram manter e intensificar a greve na instituição, com cem votos favoráveis e uma manifestação contrária. Não houve abstenções. O livro de presenças foi assinado por 112 docentes.

Muitos argumentaram que, devido à pressão do movimento grevista, nas últimas semanas, tanto a reitoria da UFF quanto o governo federal foram obrigados a reconhecer a força da greve, iniciada pelos três segmentos da universidade no dia 28 de maio. O documento apresentado pelo Comando Local de Greve – CLG à Assembleia Geral enfatizava alguns ganhos obtidos recentemente nos cenários interno e externo.

No âmbito institucional, a reitoria da UFF atendeu a reivindicação da direção da Aduff-SSind, reforçada pela assembleia do dia 13 de julho, e no início da semana, disponibilizou cópia dos contratos firmados com as empresas que prestam os serviços de terceirização e de todos os outros que foram acordados com as construtoras responsáveis pelas obras nos diversos campi, seus aditivos e execuções orçamentárias. Também foi comemorada a decisão da sessão extraordinária do Conselho de Ensino e Pesquisa – CEP do dia 22 de julho, que adiou o início do segundo semestre na universidade, manteve o sistema para lançamento de notas aberto e ainda deliberou pela constituição de uma comissão para elaborar uma proposta de calendário de reposição das aulas, uma vez terminada a greve na UFF.

Em relação ao âmbito nacional, foi observado que, mesmo diante da conjuntura de crise econômica, o governo também recuou, estabelecendo negociações com o fórum dos servidores públicos federais. Se no início desse ano afirmava que não haveria reposição salarial para a categoria, vendo a força do movimento grevista, que hoje abarca 41 seções sindicais e conta com forte adesão de outros setores do funcionalismo público, apontou um reajuste de 21% parcelados em quatro anos (5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019). Os professores entendem que a proposta do governo não é interessante porque sequer repõe as perdas inflacionárias previstas para os próximos anos, engessando qualquer negociação diante de um futuro econômico incerto.

“Acostumamos-nos a ouvir sobre o forte contingenciamento orçamentário e já entendemos que a despesa do Tesouro Nacional caiu, ou pelo menos, se estabilizou. Os números indicam que de janeiro a maio de 2015, as despesas cresceram só 0,2%, enquanto no mesmo período do ano passado elas representavam 4,8%. E as despesas de custeio, pelas quais os servidores públicos federais são pagos, eram de R$174bilhões em 2014 e caíram para R$169 bilhões nesse ano. Sentimos esses efeitos no cotidiano”, disse Victor Araújo, professor da Economia.   

Os docentes também apontaram que, se não fosse a mobilização crescente da greve, o Executivo não teria sinalizado com a possibilidade de reajuste nos benefícios (auxílios creche, saúde e alimentação) da categoria. Entretanto, enfatizaram que a pauta de reivindicações não se limita à questão salarial, mas que abarca ainda condições de trabalho, reestruturação da carreira e defesa da educação pública.

A professora Marinalva Oliveira, dirigente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior e professora de Psicologia em Volta Redonda, disse que a pauta de reivindicações não é uma abstração e enfatizou a urgência em fortalecer a greve e o Fórum das Entidades Nacionais dos servidores, do qual o Andes-SN faz parte. De acordo com ela, que tem participado das reuniões com o Executivo, há intenção declarada do governo em dividir o movimento nacional, buscando negociar separadamente com as entidades. Segundo Marinalva, os representantes do governo também afirmaram haver 16.400 vagas disponíveis para concursos públicos na Universidade, embora não queiram apresentar como elas estão distribuídas. O Ministério do Planejamento e o MEC também confirmam o contingenciamento de verbas na universidade, dizendo que os gestores devem escolher quais contas devem pagar. Afirmaram ainda que o governo não irá negociar os itens de pauta que tragam ônus monetário.

Por isso, a AG também reafirmou que a pauta de reivindicações deve ser negociada de forma articulada entre itens de impacto financeiro e não financeiro, como reestruturação da carreira; posicionamento contrário do MEC e da Andifes à contratação via Organização Social (OS) e à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH); calendário de concursos e cronograma de obras.


SEMINÁRIO CRÍTICO SOBRE O.S.: CONTRA A PRECARIZAÇÃO

“As organizações sociais já fazem parte do nosso cotidiano na UFF”, disse Kate Paiva, docente do Colégio Universitário Geraldo Reis – Coluni. Ela afirmou que na escola de aplicação da UFF a maioria dos professores é contratada via Fundação Euclides da Cunha e, em face da condição de precarização do trabalho, não recebem direitos como férias, 13º salário e ainda ganham menos para lecionar durante a mesma carga horária que os concursados. Eles também não fazem greve porque temem ter seus contratos cancelados. “A OS é uma realidade e já se impõe de forma diluída”, avaliou.
Conscientes da necessidade de informar a comunidade sobre os prejuízos trazidos pela contratação de professores via OS, os docentes aprovaram realizar um seminário crítico para problematizar o assunto, analisando o impacto desse modelo na Europa e na América Latina. Do mesmo modo, irão elaborar um material informativo sobre o tema, problematizando o0 perigo que as OS representam para o funcionalismo público.

ATOS NOS DIAS 25 E 30 DE JULHO

Os docentes aprovaram a participação em atividades conjuntas com outros setores que acontecem nos próximos dias. Uma delas é a Plenária das Categorias estaduais em luta, que será realizada nesse sábado (25), a partir 15h, no IFCS/UFRJ, no Largo de São Francisco. Os outros dois eventos acontecem no dia 30, quinta-feira: manifestação no Hospital Universitário Antônio Pedro – Huap, a partir das 9h, em conjunto com os técnico-administrativos/Sintuff; Ato Estadual das categorias em lutaa partir das 17h, com concentração na Candelária.
A assembleia também deliberou por um ato unificado entre os três segmentos da UFF, que deve ser construído para a primeira semana de agosto. Professores destacaram a necessidade de dar mais visibilidade para a greve. “Aprendi muito sobre o funcionamento da universidade participando da militância. Nossa greve já é bastante vitoriosa, mas é hora de fortalecê-la ainda mais, ocupar as ruas. Precisamos dos professores conosco, empunhando as nossas bandeiras”, disse Nazira Camely, professora da Economia.

OUTRAS DELIBERAÇÕES

Organizar o Grupo de Trabalho (GT) Verbas Local; indicar que o Comando Nacional de Greve convoque o GT Verbas Nacional para o estudo dos impactos orçamentários da proposta do governo e da proposta dos servidores públicos federais; realizar, quando possível, atividades de formação antes das assembleias, buscando refletir sobre assuntos relevantes para a categoria; produzir vídeo para divulgar as péssimas condições de trabalho nas unidades da UFF; e utilizar as redes sociais para divulgar a pauta de reivindicações da greve.

DELEGAÇÃO PARA O 60º CONAD

 “Atualização da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e da liberdade da organização sindical dos docentes para enfrentar a mercantilização da educação” é o tema do 60º Conselho do Andes-SN, que acontece entre os dias 13 e 16 de agosto em Vitória (ES), para atualizar as bandeiras de luta do Sindicato Nacional e pensar a organização da entidade. A asembleia elegeu os representantes da Aduff-SSind que participarão do evento, a saber: Sônia Lúcio R. de Lima e Isabella Pedroso, respectivamente delegada e suplente; Arley Costa, Eblin Farage, Elza Dely, Edson Teixeira, Felipe Brito, Francine Helfreich, José Raphael Bokeh, Kate Paiva, Renata Vereza e Sérgio Aboud como observadores.

THÉO PIÑEIRO, PRESENTE!

A assembleia geral homenageou o professor Théo Lobarinhas Piñero, do Departamento de História/Nitéroi, que faleceu no dia 22 de julho. Há mais de 20 anos na UFF, ele era considerado um companheiro presente nas lutas em defesa da Universidade Pública e colaborador ativo na construção do sindicato. Sua ausência será sentida pela comunidade universitária. Théo Lobarinhas Piñero, presente!

PRÓXIMA AG

A próxima assembleia geral acontece no dia 31 de julho, sexta-feira, às 14h, no auditório Florestan Fernandes (Bloco D)

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Na próxima segunda (27), Rio das Ostras sedia I Encontro dos Campi da UFF fora de sede


No dia 27 de julho (segunda-feira), acontece, na UFF de Rio das Ostras, o "I Encontro dos Campi da UFF fora de sede: discutindo a precarização a partir da expansão universitária". A atividade é aberta a participação de estudantes, técnicos e docentes e faz parte das mobilizações de greve dos três segmentos.

O encontro, que começa às 14h, tem por objetivo fortalecer os laços entre representantes dos três segmentos universitários e promover amplo debate sobre as particularidades, dificuldades e desafios dos campi fora de sede no momento em que a UFF vive a greve unificada de 2015.

Programação/pauta do encontro:
- roda de conversa com apresentação da organização e estrutura de cada campi e das pautas locais construídas;

- identificação de pautas comuns e encaminhamentos (incluindo planejamento do II Encontro, como definição de data, local e horário).

Local: Para o I Encontro, o Polo Universitário de Rio das Ostras foi escolhido como local. O endereço do campus de Rio das Ostras é Rua Recife, s/n - Jd. Bela Vista - Rio das Ostras. Vindo pela Rodovia Amaral Peixoto o campus fica próximo à entrada da Lagoa do Iriri (ponto turístico bastante conhecido na cidade), é possível ver o prédio da rodovia (lado direito de quem vem pela Amaral Peixoto sentido Macaé).


Confirmação: A organização local pede que cada campus confirme, com antecedência, quantos participantes irão ao evento, já que a comunidade acadêmica de Rio das Ostras irá preparar um almoço coletivo e precisa trabalhar com um número estimado de presentes.

Saiba mais na página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1455804524725640/

Pressionado pela greve, CEP adia início do segundo semestre na UFF

           


DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind.

Uma semana após nova manifestação de professores, estudantes e técnico-administrativos em greve pela suspensão do calendário acadêmico na UFF, a sessão extraordinária do Conselho de Ensino e Pesquisa - CEP, realizada nessa quarta-feira (22) e presidida pelo vice-reitor Antônio Claudio Lucas da Nóbrega, deliberou por adiar o início do segundo semestre letivo na instituição até que a greve termine. O sistema acadêmico para o lançamento das notas 1/2015 e dos quadros de horários das disciplinas de 2/2015 permanecerá aberto até o final do movimento grevista na universidade.  Também aprovou que a UFF irá garantir: a colação de grau dos formandos de 1/2015; as novas matrículas dos candidatos já convocados e dos que ainda serão selecionados e que se encontram em lista de espera no processo SISU 2/2015; a abertura de um período,  após o fim da greve, para trancamento de matrícula e cancelamento de disciplinas. 

As propostas acima foram encaminhadas pela reitoria da Universidade, que, em nota publicada no sítio da instituição no dia 20 de julho, admitiu que, ao final do primeiro semestre, obteve “um índice muito baixo de notas lançadas no sistema Iduff, o que compromete, do ponto de vista prático, o início do período letivo do segundo semestre de 2015”. O informe da reitoria, intitulado “Responsabilidade frente ao momento atual: a UFF e o Calendário Escolar”, ainda afirma que, principalmente nos campi fora da sede, a adesão à greve é forte e que “diversas Unidades Acadêmicas, de forma colegiada, decidiram interromper as aulas de graduação ou não lançar no sistema as notas das disciplinas concluídas no primeiro semestre”. Por fim, reconhece que “é evidente a diversidade de situações de estudantes e professores dos diferentes cursos em relação à greve” – argumento já apresentado por integrantes do Comando Local de Greve, inclusive em reuniões anteriores do CEP, para reivindicar a suspensão do calendário na Universidade.

Comissão para elaborar calendário de reposição das aulas 

A mesma reunião do CEP deliberou ainda pela constituição de uma comissão para elaborar a proposta de reposição de aulas após o término da greve. De acordo com o regimento do Conselho, a comissão é constituída por cinco membros, sendo quatro professores e um estudante. Interpelado pelo conselheiro discente, Luan Cândido, que argumentou sobre a necessidade de representação dos três segmentos da Universidade na comissão, o vice-reitor Antônio Claudio afirmou ser possível que o Conselho de Ensino e Pesquisa disponha para que a referida comissão ausculte obrigatoriamente os diferentes setores, incluindo os comandos de greve. Lembrou ainda que a proposta de calendário elaborada pela comissão será submetida ao CEP e que, de acordo com o estatuto da universidade, é a instância que delibera, de fato, sobre o assunto. 

“Defendemos a suspensão do calendário para assegurar o direito dos estudantes, que, são nossos aliados e que não podem ser prejudicados durante a greve. Ao final desse processo, faremos uma avaliação de todo esse período paralisado, e vamos indicar a reposição de aulas, que não pode ser feita de qualquer jeito, mas sim de forma integral e com qualidade – presencial e reflexiva, contemplando ensino, pesquisa e extensão”, disse a professora Sonia Lucio Rodrigues de Lima, da Escola de Serviço Social e diretora da Aduff-SSind. “Entendemos que o que aconteceu nessa sessão extraordinária do CEP foi resultado da pressão do movimento grevista, que, há 50 dias, faz um esforço para que a reitoria e os conselhos superiores não se furtem de sua responsabilidade, que é também debater a real situação da universidade, negociar a pauta da greve e suspender o calendário”, conclui Sônia. 


A mesma avaliação foi feita por Ceila Maria Ferreira, docente do curso de Letras. Entretanto, ela alerta que é preciso seguir adiante. “Ainda há muito que ser colocado, principalmente em relação às bolsas PIBIC, de aperfeiçoamento acadêmico, a questão da pós-graduação. No entanto, é uma vitória e um reconhecimento acerca da legitimidade da greve”, disse. 


Veja mais sobre a sessão extraordinária do CEP 
na próxima edição do jornal da Aduff-SSind, que circula amanhã.