segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Encontro Nacional de Lutadores define jornada de lutas para outubro

Com mais de 1.200 pessoas, Encontro Nacional de Lutadores apontou construção de jornada de lutas para o mês de outubro e Encontro Nacional de Educação para 2016


Em greve há mais de cem dias, docentes e estudantes da UFF participaram no último fim de semana da Marcha Nacional dos Trabalhadores e do Encontro Nacional de Lutadores, em São Paulo, em protesto contra as medidas do governo federal e contra a oposição de direita

Visando fortalecer a mobilização contra o governo de Dilma Rousseff (PT), o PSDB de Aécio e o PMDB de Michel Temer e Eduardo Cunha, manifestantes apontaram construção de jornada de lutas para o mês de outubro e construção de Encontro Nacional de Educação para 2016. Cerca de 1.200 pessoas se reuniram na quadra do sindicato dos metroviários de SP no Encontro Nacional de Lutadores, no sábado (19), após Marcha Nacional dos Trabalhadores levar, no dia anterior, mais de dez mil manifestantes a avenida Paulista, fazendo ecoar palavras de ordem contra o ajuste fiscal, a Agenda Brasil, o corte do abono permanência e outros ataques aos serviços públicos brasileiros.

Com a realização de encontros locais e regionais para avaliar a conjuntura e impulsionar a reação dos trabalhadores às medidas do governo federal, jornada de lutas durante mês de outubro, chamada de "Outubro de Lutas", pretende dar atenção e fortalecer iniciativas dos trabalhadores, como campanhas salariais e greves das categoriais, as lutas do movimento popular e de combate às opressões de gênero, sexual ou racial. 

"Na carta final, houve o apontamento de uma agenda de lutas de enfrentamento ao governo e ao ajuste fiscal, rejeitando as medidas do governo que ferem os servidores e exigindo a não transferência de recursos para pagamento da dívida pública, exigindo tributação às grandes fortunas, ou seja, outros meios de enfrentamento à crise que o país está enfrentando", disse Gustavo Gomes, da direção da Aduff. Gustavo também salientou que devido a carência de servidores no funcionalismo público brasileiro, "corte de salários e direitos dos servidores enfraquecerá o serviço público, principalmente em um momento em que o governo determina o corte do abono permanência e anuncia a suspensão de concursos públicos".



Para Sônia Lúcio Rodrigues, diretora da Aduff, a Marcha e o Encontro foram "fundamentais para dar visibilidade e resistência aos militantes e aos movimentos sociais que não apoiam o governo Dilma e suas medidas de ataques aos trabalhadores brasileiros", e avaliou os eventos como positivos para que os trabalhadores possam se organizar contra o ajuste fiscal. Com mais de 140 entidades presentes, Kate Paiva, do Comando Local de Greve, considerou notável a "força que temos para colocar gente na rua e apontar que a saída é pela esquerda", afirmando que o governo do PT não é um governo de esquerda.

Convocada pela CSP Conlutas e outros movimentos a partir de reunião do Espaço Unidade de Ação, que aglomera movimentos sociais em busca de ampliação da unidade entre os que se opõem ao governo do PT e também aos partidos de direita, marcha teve balanço positivo. Expectativa é de aumento de mobilização nas próximas semanas, consideradas decisivas na luta contra o governo e contra a direita.

"A marcha é importante e significativa pelo que representa na conjuntura porque é uma resposta potente ao ajuste fiscal. A Marcha e o Encontro agregaram importantes entidades, foi fundamental, mas precisa ser ampliada. É um espaço pra se construir uma alternativa ao governo e à direita, e pra isso é preciso ampliar", finalizou Wanderson Melo, da diretoria da Aduff.


DA REDAÇÃO DA ADUFF Por Niara Aureliano
Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, em São Paulo (18)
Fotos créditos: Jesus Carlos


18 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Não sei o que é pior, ser contra o ajuste fiscal ou contra oposição, mas de qualquer forma, mais uma vez venho protestar, ainda que modestamente contra essa farsa que chamam de greve.

    Queridíssimos professores, sei que nem todos (e arrisco dizer que a maioria não é) são a favor desse movimento regressivo e "antibiótico", então peço por favor que os que não o são, não me levem a mal, pois tenho uma puta admiração por muitos de vocês (inclusive os de humanas :p).

    ACABEM COM ESTA PALHAÇADA.

    Pronto, agora que tirei a frustração do corpo, vamos tecer alguns comentários sobre o porque é regressivo e antibiótico.

    Primeiro, é regressivo, pois não constrói nada. De fato, mesmo sendo "de oposição", não posso deixar de pensar se toda essa algazarra não se trata de uma articulação política por elementos anti-PT. Inclusive, falando com muitos dos simpatizantes, a impressão que tenho é que ninguém entende nada de políticas públicas, até porque muitos dos mesmos que apoiam essa greve apoiam outras aberrações como financiamento público de campanhas. Por que, ao invés de esvaziar a universidade com uma greve que já vai pro 4° mês logo logo, não promovem debates dentro da comunidade acadêmica pra propor uma solução para os problemas de financiamento das universidades públicas? Porque não, por exemplo, propor a regulamentação das doações privadas às universidades, com dedução nos impostos, e, ao invés de um "Dia Nacional de Lutas", não fazer uma "Semana Nacional de Arrecadação"? Porque propõem mais financiamento público partidário ao invés de proporem que os R$1 bi que vão pro Fundo Partidário (menos de 5% dos quais inclusive, são gastos em campanhas) sejam apropriados para a educação?

    Segundo, é antibiótico pois, como foi falado já, por mim e por outras pessoas infinitamente mais inteligentes, apenas esvazia as universidades e não constrói um diálogo concreto, nem com o governo e, muito menos com os discentes.

    Vamos acabar com isso, gente, já passou da hora já.

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  3. Alguém sabe dizer quando ocorrerá a próxima assembléia? As mesmas estavam ocorrendo as quintas-feiras, entretanto, soube que a próxima assembléia será dia 29... Procede a informação de que a mesma será dia 29? Obrigado!

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  4. Aê, bacana o passeio, o cineminha, o forró, mas vamos voltar a trabalhar, pessoal? 100 dias de férias já tá bom, né...

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  5. Continuem a greve, não é hora de desistir, continuem lutando!

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  6. Continuem a greve, não é hora de desistir, continuem lutando!

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  7. Quanta politicagem.. O que o Aecio tem a ver com a gestão do PT/PMDB?
    Parem a greve antes que vcs emburreçam de vez.

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  8. Ou seja, o movimento, que deveria ser APARTIDÁRIO, está sendo controlado pelo PSOL e PSTU...

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  9. Não sabia que o Aécio tinha ganhado as eleições e o PSDB estava no governo não....rs muito menos que o "Ajuste Fiscal" era dele... Mas, tudo bem... rs

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  10. Não sabia que o Aécio tinha ganhado as eleições e o PSDB estava no governo não....rs muito menos que o "Ajuste Fiscal" era dele... Mas, tudo bem... rs

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Palhaçada essa greve . Já virou um circo isso tudo

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  13. Palhaçada essa greve . Já virou um circo isso tudo

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  14. Ta na hora que acabar com a greve! A faculdade está indo de mal a pior e os alunos estão sendo cada vez mais prejudicados.

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