CINE DEBATE
Hoje, quarta-feira (7), haverá exibição do documentário "A Educação Proibida", às 18h, na Praça da Cantareira.
Após a projeção, os presentes debaterão o filme. Participe!
Blog da Greve da UFF - 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
terça-feira, 6 de outubro de 2015
A greve e o futuro da Universidade serão debatidos na Faculdade de Educação da UFF nessa quarta (7)
Nessa quarta (7), os professores da Faculdade de Educação da UFF realizarão um debate sobre a greve e o futuro da Universidade. A discussão acontece em dois horários: às 9h e às 19h, no Auditório Florestan Fernandes (Bloco D/ Campus do Gragoatá). Vale a pena também aproveitar a oportunidade para ver a exposição, com o registro fotográfico dos principais momentos da greve, que foi montada nas dependências do prédio.
Primeira assembleia pós-greve aponta necessidade de levar adiante negociações com o governo
Na tarde desta terça-feira (06) os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) se reuniram na primeira assembleia geral após a greve de quatro meses da categoria para avaliar os rumos da mobilização. Os professores presentes no auditório do Bloco F, no Gragoatá, fizeram uma rodada de falas sobre a greve e a contraproposta do governo, enviada ao ANDES-SN no dia 24 de setembro.
Em assembleia, os docentes ponderaram que embora a proposta
do governo não seja uma vitória (com índice de reajuste muito inferior aos 27,3%
em parcela única reivindicado pelos trabalhadores), ela foi uma conquista da
greve dos docentes e das diversas categorias do funcionalismo público, já que
antes do movimento o horizonte era de reajuste zero.
Também frizaram que aceitar a proposta do governo não
significa abandonar a pauta de luta da greve mas minimizar as perdas inflacionárias da categoria, além de reiterarem que os
problemas denunciados pelo movimento grevista irão se agravar no próximo
período e que é fundamental que os docentes continuem mobilizados. Afinal, não
houve avanços na pauta salarial, de carreira e condições de trabalho. Pelo
contrário, houve mais cortes no orçamento da Educação - e se nacionalmente o
ministro da Educação não recebeu o movimento grevista, localmente o reitor da
UFF também não fez qualquer esforço para debater as pautas internas da
universidade com o comando local de greve.
Reunidos na instância de deliberação da categoria, os
professores presentes na assembleia deliberaram encaminhar ao Comando Nacional
de Greve (CNG) as seguintes proposições:
- Autorizar o CNG – e após o fim da greve, a Diretoria
Nacional do Andes-SN e o setor das federais - a negociar acordo com governo,
tomando como patamar mínimo os 10,8% em duas vezes (sendo 5,5% em agosto de
2016 e 5% em janeiro de 2017) mais auxílio-alimentação de R$ 373 para R$ 458,
auxílio à assistência saúde de R$ 117,78 para R$ 145, auxílio-creche de R$
73,07 para R$ 321)
- Buscar negociar que esse acordo contemple o máximo de
elementos da contraproposta apresentada pelo ANDES-SN. Clique aqui para
conhecer a proposta do sindicato nacional na íntegra.
- Manter a luta nacional nas instituições federais de ensino
pelas condições de trabalho
- Convocar o setor das federais para avaliar a greve e seus
desdobramentos para o primeiro final de semana após o fim da greve nacional. Na
última reunião do CNG, definiu-se o período do dia 13 ao dia 16 de outubro como
a data de saída unificada da greve
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Professores da UFF fazem ato nesta segunda (5)
Manifestação em defesa da educação pública, marca de 130 dias de greve, acontece a partir das 15h, na Praça Arariboia
Em defesa da educação pública e contra os cortes orçamentários, os docentes da UFF participam nesta-segunda-feira (5) de manifestação na Praça Arariboia, no Centro de Niterói, a partir das 15 horas.
Haverá ato no mesmo dia em Brasília, no Ministério da Educação, pela manhã, para pressionar o governo a negociar com os docentes. Reunião com o ministro Renato Janine estava prevista para esse dia, havia sido marcada uma semana antes dele ser exonerado pela presidente Dilma Rousseff. Janine deixa o cargo sem jamais ter recebido a representação sindical dos professores.
O protesto em Niterói coincide com o encerramento da greve de 130 dias dos professores da UFF e busca refirmar que a luta em defesa da universidade pública e gratuita, marca constante dessa longa paralisação, vai continuar.
A atividade foi definida na última assembleia geral e está sendo convocada pelo Comando Local de Greve dos Docentes da UFF. Na assembleia, a maioria dos professores aprovou o fim da paralisação na instituição, acatando indicativo do Comando Local de Greve, reiterando, entretanto, a importância de se manter a mobilização contra a política de austeridade fiscal do governo, que corta verbas da educação pública e propõe medidas que retiram direitos dos trabalhadores. No dia seguinte, na terça-feira (6), os docentes fazem assembleia geral da categoria.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Greve na UFF: 130 dias de paralisação em defesa da educação pública
crédito: Luiz Fernando nabuco
crédito: Luiz Fernando nabuco
Assembleia Geral dos Docentes acontece na próxima terça (6) no auditório da Economia
Aprovada na última Assembleia Geral dos Docentes da UFF, realizada no dia 29 de setembro, próxima Assembleia Geral dos Docentes acontece na próxima terça-feira (6), às 15h, no auditório do bloco de Economia. Dando continuidade a mobilização, docentes devem discutir o calendário de reposição das aulas e avaliar os desdobramentos da greve dos docentes da UFF, que completa 131 dias na próxima segunda-feira (5), data de encerramento da greve. No mesmo dia, docentes, professores, estudantes e movimentos sociais farão ato, às 15h, na Praça Arariboia, em Niterói.
Na manhã desta sexta (2), em reunião com o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx), foi aprovada proposta do Comando Local de Greve de retomar as atividades acadêmicas na próxima segunda (5), garantindo aos estudantes o direito à reposição integral das aulas interrompidas durante o período de greve na graduação e na pós-graduação. Levando em consideração aspectos específicos dos cursos e dos campi fora de sede, também foi decidido que data para início da reposição das aulas pode ser estendido até o dia 13 de outubro. Em respeito ao movimento estudantil da UFF, docentes estão sendo orientados a não cobrar presença em atividades ou realizar avaliações enquanto não se encerrar a greve dos discentes.
Confira os encaminhamentos aprovados na Assembleia do dia 29 de setembro:
1) Indicar ao Comando Nacional de Greve a saída unificada de greve na semana de 05 a 09 de outubro;
2) Transformar o Comando Local de Greve em Comando Local de Mobilização;
3) Manter a Assembleia Geral Permanente;4) Realizar ato na tarde do dia 5 de outubro, às 15h, na Praça Arariboia, convidando representações de todas as entidades e movimentos que participaram das mobilizações conosco;
5) Indicar ao Comando Local de Greve a elaboração de uma proposta de calendário de reposição ao CEP que garanta aos estudantes o direito à reposição integral das aulas interrompidas (na graduação e na pós-graduação) pela greve e leve em conta as especificidades do Coluni e das diferentes situações dos campi fora da sede;
6) Intensificar a pressão junto aos deputados federais e senadores, nos estados e no Congresso Nacional, pela rejeição da PEC 395/2014 (autoriza cobranças de mensalidades na pós-graduação);
7) Construir ações unificadas de luta com o conjunto dos SPF contra a PEC 139/2015 (fim do abono permanência) e a suspensão dos concursos públicos, inclusive sob a forma de pressão junto aos deputados federais e senadores.
DA REDAÇÃO DA UFF
Assembleia Geral dos Docentes da UFF, realizada na última terça (29); Créditos: Luiz Fernando Nabuco
Assembleia Geral acontece na próxima terça (6)
Na próxima terça-feira, dia 6 de outubro, às 15h, acontece a Assembleia Geral dos Docentes da UFF, no Auditório da Economia, no Bloco F/ Campus do Gragoatá.
Em pauta: 1) Calendário de Reposição; 2) Avaliação da Greve e desdobramentos
Em pauta: 1) Calendário de Reposição; 2) Avaliação da Greve e desdobramentos
CEPEx aprova ajustes no calendário acadêmico e aulas na UFF serão retomadas na segunda (05)
Conselho também determinou que o início
da reposição pode ser estendido para o dia 13, levando em consideração as
especificidades dos cursos e dos campi fora de sede
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Na manhã
desta sexta-feira (02), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx) da
Universidade Federal Fluminense (UFF) se reuniu na sala dos conselhos, no
prédio da reitoria, para debater a elaboração do calendário de reposição e
retomada das aulas após a greve docente na instituição.
Na reunião,
os conselheiros decidiram pela retomada das aulas no dia 05 de outubro, próxima
segunda-feira. O Conselho também
determinou que o início da reposição possa ser estendido até o dia 13 de outubro,
levando em consideração as especificidades dos cursos, principalmente os dos
campi fora da sede, onde a maioria dos estudantes veio de outros estados e não é do Rio de Janeiro. A questão foi colocada pelos estudantes presentes na reunião que defendiam o retorno das aulas apenas no dia 13. A decisão caberá aos colegiados do curso.
Uma comissão
paritária do CEPEx foi formada para acompanhar a implementação do calendário.
Ela será composta por quatro conselheiros; dois estudantes e dois professores. O
Conselho orientou que comissões como essa também sejam criadas nos cursos e que
os docentes não apliquem provas e avaliações durante a primeira semana de aula. As aulas do
segundo semestre de 2015 começam no dia 25 de novembro, com término previsto
para o dia 2 de abril de 2016.
Confira abaixo o Calendário Acadêmico de 2015 completo.
Confira abaixo o Calendário Acadêmico de 2015 completo.
CLG esteve na reunião e defendeu
reposição integral das aulas
O Comando
Local de Greve dos docentes da UFF esteve presente na reunião e apresentou
documento em que defendia o retorno das aulas no dia 5, uma comissão para elaboração de um novo calendário acadêmico com
representação da administração superior e dos Comandos de Greve e uma proposta de calendário que garantisse
aos estudantes o direito à reposição integral das aulas interrompidas pela
greve (na graduação e na pós-graduação), levando em em conta as especificidades
do Coluni e das diferentes situações dos campi fora da sede (leia aqui a nota na
íntegra).
O mesmo
documento foi apresentado horas antes à administração da UFF em reunião entre integrantes
do CLG e da Comissão Gestora da UFF. O encontro foi solicitado pelo Comitê Local
de Greve dos docentes e contou com a presença dos pró-reitores Túlio Franco
(Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas) e Sérgio Mendonça (Pró-Reitoria de Assuntos
Estudantis).
“Além de
definir o dia 5 como dia de início da reposição das aulas, o calendário votado
pelo CEPEx contemplou algumas modificações propostas pelos docentes, como a
garantia de 100 dias para o próximo semestre e a sugestão de que os professores
não dessem avaliações ou fizessem chamadas na primeira semana, justamente para
garantir que os alunos que tivessem mais
dificuldades de chegar não fossem prejudicados nesse processo. A questão
da especificidade do Coluni, por exemplo, ficou de fora. A ideia do sindicato
agora é acompanhar os trabalhados da comissão paritária formada no Conselho
para auxiliar a implementação do calendário e debater essas questões
neste espaço”, ressaltou a presidente da Aduff-SSind, Renata Vereza.
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Calendário Acadêmico de 2015
- Cancelamento de disciplinas: do dia 5 ao dia 19 de outubro
- Reposição 01/2015: do dia 5 de outubro ao dia 07 de
novembro. É importante ressaltar que o Conselho aprovou que a data de início da
reposição pode ser estendida até o dia 13 de outubro, levando em consideração
as especificidades dos cursos e dos campi fora da sede
- Recesso: do dia 8 ao dia 24 de novembro
- Período 02/2015: Do dia 25 de novembro ao dia 02 de
abril de 2016
- Previsão de início e término de
01/2016: Do dia 20
de abril ao dia 04 de agosto. (Voltará a ser debatido)
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Nota do Comando Local de Greve sobre o calendário acadêmico
O Comando Local de Greve dos Docentes da UFF, a partir das decisões da Assembleia Geral, realizada em 29 de setembro de 2015, vem se manifestar sobre o calendário de reposição de aulas dos semestres letivos de 2015.
A Assembleia Geral decidiu, aprovando a proposta do Comando Local de Greve, pelo retorno às atividades acadêmicas em 5 de outubro. Aprovou ainda, também referendando os encaminhamentos do Comando:
“Indicar ao Comando Local de Greve a elaboração de uma proposta de calendário de reposição ao CEP que garanta aos estudantes o direito à reposição integral das aulas interrompidas pela greve (na graduação e na pós-graduação) e leve em conta as especificidades do Coluni e das diferentes situações dos campi fora da sede.”
Com base nessas deliberações, encaminhamos ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão a proposta de montar uma comissão para elaboração de um novo calendário acadêmico, com representação da administração superior e dos Comandos de Greve.
Aproveitamos o ensejo para registrar que retornaremos às atividades acadêmicas em 5 de outubro (o que deverá ser reconhecido no calendário de reposição) e, respeitando o movimento estudantil, orientamos os docentes a não cobrarem presença em atividades nem realizarem avaliações enquanto não terminar a greve dos discentes.
Registramos também nosso repúdio ao fato de que a reitoria tenha se reunido, em 30 de setembro, com militantes de partidos políticos que a apoiam, para discutir o calendário acadêmico, desrespeitando as representações legítimas dos três segmentos da comunidade universitária.
Niterói, 1º de outubro de 2015
Comando Local de Greve dos Docentes da UFF
A Assembleia Geral decidiu, aprovando a proposta do Comando Local de Greve, pelo retorno às atividades acadêmicas em 5 de outubro. Aprovou ainda, também referendando os encaminhamentos do Comando:
“Indicar ao Comando Local de Greve a elaboração de uma proposta de calendário de reposição ao CEP que garanta aos estudantes o direito à reposição integral das aulas interrompidas pela greve (na graduação e na pós-graduação) e leve em conta as especificidades do Coluni e das diferentes situações dos campi fora da sede.”
Com base nessas deliberações, encaminhamos ao Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão a proposta de montar uma comissão para elaboração de um novo calendário acadêmico, com representação da administração superior e dos Comandos de Greve.
Aproveitamos o ensejo para registrar que retornaremos às atividades acadêmicas em 5 de outubro (o que deverá ser reconhecido no calendário de reposição) e, respeitando o movimento estudantil, orientamos os docentes a não cobrarem presença em atividades nem realizarem avaliações enquanto não terminar a greve dos discentes.
Registramos também nosso repúdio ao fato de que a reitoria tenha se reunido, em 30 de setembro, com militantes de partidos políticos que a apoiam, para discutir o calendário acadêmico, desrespeitando as representações legítimas dos três segmentos da comunidade universitária.
Niterói, 1º de outubro de 2015
Comando Local de Greve dos Docentes da UFF
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
CLG vai ao CUV comunicar encerramento da greve docente na UFF
Durante reunião, Conselho manifesta
repúdio ao atropelamento de manifestantes em ato realizado na reitoria
Na manhã
desta quarta-feira (30), integrantes do Comando Local de Greve docente da UFF
estiveram presentes no Conselho Universitário da instituição para comunicar o
resultado da assembleia geral realizada no dia anterior, quando a categoria
decidiu pelo encerramento da greve dos professores com reposição integral das aulas
(clique aqui e saiba mais) . A reunião do CUV foi presidida pelo vice-reitor Antônio
Cláudio Nóbrega, já que o reitor Sidney Mello mais uma vez se ausentou do
espaço.
“Os motivos pelos quais saímos da greve não
dizem respeito à resolução dos problemas apontados pelo movimento. Pelo
contrário, eles permanecem e se intensificaram no último período com anúncio de
novos cortes no orçamento da educação. Para citar um único exemplo, a
política anunciada pelo governo de suspensão dos concursos públicos no próximo
período ao mesmo tempo em que apresenta o fim do abono permanência - essa
medida empurra vários técnicos-administrativos e docentes para aposentadoria ao
mesmo tempo em que suspende os concursos, agravando ainda mais a situação já
precária de déficit de docentes e técnicos na universidade. Embora a proposta de reajuste seja insuficiente,
também é verdade que esse reajuste foi
arrancado do governo através da nossa mobilização; antes do início da greve o horizonte era de congelamento dos
vencimentos e reajuste zero. No entanto, a reversão do ajuste fiscal só pode
ser realizada com uma greve mais ampla que vá além dos servidores públicos
federais envolva todos os trabalhadores”,
destacou Gustavo Gomes, integrante do CLG-UFF e diretor da Aduff-SSind.
Gustavo ressaltou ainda que a decisão de encerramento da
greve partiu apenas dos docentes. “Temos que respeitar os estudantes e
técnicos-administrativos que possuem fóruns autônomos, inclusive na hora de
definir o calendário acadêmico e a reposição das aulas”, finalizou.
CUV repudia
atropelamento de manifestantes em ato na reitoria
Na reunião do Conselho Universitário, o estudante Felipe
Bilanger, representante estudantil no CUV, leu uma carta problematizando a nota
elaborada pela reitoria e publicada no site da instituição no dia 4 de
setembro, com o título “UFF rompe negociações com o movimento grevista após
invasão da Reitoria”. A carta refere-se a
uma manifestação ocorrida um dia antes, realizada pelo comando unificado de
greve em conjunto com movimentos sociais e sociedade civil. Nesta manifestação,
três pessoas foram atropeladas por um carro de marca Mercedez Benz, que não
parou para prestar socorro aos feridos. Entretanto, de acordo com o estudante,
a nota da reitoria culpabiliza as vítimas pelo atropelamento além de chamar integrantes
o MTST e da sociedade civil que participavam do ato de "corpo estranho à
universidade".
Diante da carta lida pelo estudante, o CUV votou e aprovou
por maioria as seguintes deliberações: repudiar a ação criminosa do motorista
que efetuou os atropelamentos, publicar a carta lida pelo estudante e
conselheiro do CUV Felipe Bilanger no site da universidade; saudar o exercício
democrático de livre manifestação e prestar completa solidariedade aos que se
acidentaram no ato e, por fim, reconhecer o MTST como um movimento social
legítimo.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Assembleia decide encerrar a greve docente na UFF no dia 5
Maioria dos professores referendou proposta do Comando Local de Greve; mobilização continua e nova assembleia acontece no dia 6
A paralisação na Universidade Federal Fluminense (UFF) chega
ao fim na próxima segunda (5), após quatro meses de greve dos professores na
instituição. A decisão foi fruto de assembleia geral da categoria, realizada
nesta terça-feira (29), que contou com a participação de 576 professores, uma
das maiores da história do sindicato. A proposta foi encaminhada pelo Comando
Local de Greve, que defendeu encerrar a paralisação na UFF no dia 5 de outubro,
com reposição das aulas.
Carta do CLG entregue aos professores observa que o término
do movimento grevista não significa suspender a mobilização. Avalia que a greve
cumpriu um importante papel de combater o ‘ajuste fiscal’, que retira recursos
das universidades, e de denunciar os graves problemas nas condições de trabalho
nos campi de Niterói e de fora da sede. Além de pressionar o Ministério do
Planejamento nas negociações salariais, que, se não obteve avanços
significativos, ao menos fez o governo recuar na sua política de reajuste zero.
Também critica a postura do governo de se recusar a efetivamente negociar a
pauta de reivindicações específicas e o reitor da UFF por não receber os
comandos de greve.
O documento que avaliava a necessidade de encerrar a
paralisação também mencionava a importância do movimento nesses quatro meses. “Na
UFF, a greve tem nos possibilitado um momento único de reunião de centenas de
professores em assembleias gerais, realização de muitas atividades de greve em
todos os espaços da universidade e articulação de professores das diversas unidades
e diversos campi – conhecendo e combatendo melhor os graves problemas pelos
quais já passavam diversos desses espaços, em função da forma precarizada como
se deu a expansão e que foram agravados pelos cortes recentes de verbas
orçamentárias”, diz trecho da carta.
Os debates explicitaram algumas divergências em relação ao
fim do movimento na UFF. Houve quem apontasse a necessidade de manutenção na
greve por mais uma semana, defendendo esse instrumento de pressão sobre o
governo, que se reunirá com o Andes-SN, no dia 5. O ministro Renato Janine, da
Educação, só aceitou receber o Sindicato Nacional na próxima semana após o
Comando Nacional de Greve ocupar o prédio do ministério por cinco horas, no
último dia 24 de setembro.
Outros professores criticaram a greve e defenderam o retorno
imediato às atividades. Entretanto, a proposta vitoriosa foi encaminhada pelo
Comando Local de Greve, que defendeu encerrar a paralisação docente na UFF no
dia 5 de outubro.
Duas votações sobre a greve foram procedidas. A primeira
considerou a manutenção ou a saída da greve, contando com 464 votos pelo
encerramento da paralisação, 94 pela permanência, e nove abstenções. A segunda determinou
o momento de retorno às aulas: 271 professores aprovaram a retomada das
atividades acadêmicas no próximo dia 5; enquanto 208 defenderam a volta
imediata às atividades.
Outros encaminhamentos aprovados:
1) Indicar ao Comando Nacional de Greve a saída unificada de
greve na semana de 05 a 09 de outubro;
2) Transformar o Comando Local de Greve em Comando Local de
Mobilização;
3) Manter a Assembleia Geral Permanente;
4) Realizar ato na tarde do dia 5 de outubro, às 15h, na
Praça Arariboia, convidando representações de todas as entidades e movimentos
que participaram das mobilizações conosco;
5) Indicar ao Comando Local de Greve a elaboração de uma
proposta de calendário de reposição ao CEP que garanta aos estudantes o direito
à reposição integral das aulas interrompidas (na graduação e na pós-graduação)
pela greve e leve em conta as especificidades do Coluni e das diferentes
situações dos campi fora da sede;
6) Intensificar a pressão junto aos deputados federais e
senadores, nos estados e no Congresso Nacional, pela rejeição da PEC 395/2014
(autoriza cobranças de mensalidades na pós-graduação);
7) Construir ações unificadas de luta com o conjunto dos SPF
contra a PEC 139/2015 (fim do abono permanência) e a suspensão dos concursos
públicos, inclusive sob a forma de pressão junto aos deputados federais e
senadores;
8) Nova Assembleia Geral dia 06 de outubro. Local e horário
serão posteriormente definidos.
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Assembleia geral é na terça, 29
Assembleia Geral dos Docentes da UFF acontece nessa terça, dia 29/9, às 15h, na Quadra da Educação Física/ Campus do Gragoatá.
Em pauta: 1) Informes; 2) Avaliação da Greve; 3) Outros assuntos
Informações importantes:
1) CRECHE: Docentes interessados em deixar os filhos em espaço de recreação na sede da Aduff-SSind devem encaminhar e-mail para aduff@aduff.org.br, informando a idade da criança.
2) IDENTIFICAÇÃO: Podem participar da assembleia professores sindicalizados ou não, munidos de documento que comprove docência na universidade.
3) CREDENCIAMENTO: O livro de assinaturas será aberto uma hora antes do início da assembleia.
4) REEMBOLSO: Professores das unidades fora da sede podem solicitar o reembolso da passagem para o deslocamento, mediante a apresentação dos comprovantes
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Cine Debate exibirá "A Educação Proibida" na próxima quarta (30)
Mais uma atividade da greve está programada para a próxima quarta-feira (30). O Cine Debate da greve da UFF exibirá "A Educação Proibida", às 18h, na Praça da Cantareira.
Dividido em duas partes, o documentário dirigido por Germán Doin, foi produzido em 2012 e questiona a escolarização moderna e como se entende a educação hoje. Documentário foi realizado por jovens de oito países diferentes e entrevista mais de 90 educadores.
Objetivo do filme é mostrar diferentes experiências não tradicionais, tentando pensar um novo modelo educativo e refletindo sobre as bases que sustentam a escola, almejando o desenvolvimento de uma educação mais igualitária e libertária.
Após a projeção, os presentes iniciarão roda de discussão sobre o tema.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Dividido em duas partes, o documentário dirigido por Germán Doin, foi produzido em 2012 e questiona a escolarização moderna e como se entende a educação hoje. Documentário foi realizado por jovens de oito países diferentes e entrevista mais de 90 educadores.
Objetivo do filme é mostrar diferentes experiências não tradicionais, tentando pensar um novo modelo educativo e refletindo sobre as bases que sustentam a escola, almejando o desenvolvimento de uma educação mais igualitária e libertária.
Após a projeção, os presentes iniciarão roda de discussão sobre o tema.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Cine Debate exibe "Da Servidão Moderna" na Cantareira
No dia 16 de setembro, docentes e estudantes da UFF se reuniram na Praça da Cantareira para assistir e discutir o documentário "Da Servidão Moderna", de Jean-François Brient.
Lançado em 2009, o documentário independente discute as formas de alienação do consumo e do trabalho, baseando-se nos conceitos apresentados nas obras de Karl Marx, Guy Debord, Etienne de La Boétie e Diógenes de Sinope.
O Cine Debate é atividade da greve dos docentes da UFF que busca manter discussões entre docentes e estudantes, intensificando o debate político durante a greve.
DA REDAÇÃO DA UFF
Fotos: Cine Debate exibe "Da Servidão Moderna" na Cantareira; Créditos: Luiz Fernando Nabuco
Docentes federais conquistam reunião com ministro da educação e MPOG
Janine finalmente se comprometeu em receber os docentes em greve no dia 5 de outubro
Após uma quinta-feira (24) recheado de
manifestações em Brasília (DF), os docentes federais conquistaram, na base da
pressão política, duas importantes reuniões de negociação sobre a pauta de
reivindicações da greve, que já dura quase quatro meses. Pela manhã, após
manifestação em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
(MPOG), a Secretaria de Relações de Trabalho (SRT-MPOG) se comprometeu a reunir
com os grevistas. Pela tarde, após ocupação do gabinete do ministro da
educação, Janine Ribeiro finalmente se comprometeu em receber os docentes
federais em greve no dia 5 de outubro.
As manifestações, que contaram com a
presença de docentes em greve de diversas universidades do país e com o apoio
de estudantes, começaram logo cedo. Às 10h os manifestantes se reuniram na
frente do MPOG, onde exigiram resposta à pauta de reivindicações apresentada no
dia 18, e também a marcação de uma reunião previamente acordada com o
ministério, mas que desde então não teve confirmação. Sem quaisquer respostas
do MPOG desde 31 de agosto, os docentes pressionaram por algumas horas até que
Sérgio Mendonça, da SRT-MPOG, se comprometesse a recebê-los na próxima semana,
por meio de ofício enviado ao ANDES-SN.
Em seguida, os manifestantes se
dirigiram ao Ministério da Educação (MEC). Um grupo de 16 docentes do Comando
Nacional de Greve (CNG) do ANDES-SN ocupou o gabinete do ministro Janine
Ribeiro por volta das 13h como forma de pressioná-lo a receber a categoria –
Janine é o primeiro ministro da educação que não recebeu o Sindicato Nacional
em décadas. Os demais manifestantes se concentraram na porta do ministério,
onde foram reprimidos pela Polícia Militar com gás de pimenta e cassetetes. O
MEC enviou, então, representantes para negociar a desocupação e se dispôs a
realizar uma reunião, na mesma hora, entre os manifestantes e a Secretaria de
Ensino Superior (Sesu-MEC).
"A ocupação foi muito positiva porque arrancamos uma reunião com o ministro da Educação, algo que nenhuma outra entidade conseguiu até agora. Ao mesmo tempo, não temos garantia que Janine vá mesmo nos receber, embora a reunião esteja agenda. É importante destacar a postura intransigente do MEC, que nos pediu para desocupar o gabinete sem determinar uma data para a reunião. Dissemos que só sairíamos de lá com uma data marcada e eles marcaram dia 5 de outubro. Pleiteamos que a data fosse adiantada e eles argumentaram que não havia agenda para semana que vem. Ainda faltam dez dias para a reunião, então tudo pode acontecer. No final, foi legal de ver a confiança dos professores no Comando Nacional de Greve e a disposição da base da categoria para a luta. Ninguém sabia direito o que iria acontecer, embora todos esperassem uma ação mais contundente do CNG. Conseguir realizar a atividade com sucesso e ter o apoio dos professores durante todo o tempo foi gratificante", avalia a professora do Coluni-UFF, Kate Lane Paiva, que participou da ocupação de ontem.
"A ocupação foi muito positiva porque arrancamos uma reunião com o ministro da Educação, algo que nenhuma outra entidade conseguiu até agora. Ao mesmo tempo, não temos garantia que Janine vá mesmo nos receber, embora a reunião esteja agenda. É importante destacar a postura intransigente do MEC, que nos pediu para desocupar o gabinete sem determinar uma data para a reunião. Dissemos que só sairíamos de lá com uma data marcada e eles marcaram dia 5 de outubro. Pleiteamos que a data fosse adiantada e eles argumentaram que não havia agenda para semana que vem. Ainda faltam dez dias para a reunião, então tudo pode acontecer. No final, foi legal de ver a confiança dos professores no Comando Nacional de Greve e a disposição da base da categoria para a luta. Ninguém sabia direito o que iria acontecer, embora todos esperassem uma ação mais contundente do CNG. Conseguir realizar a atividade com sucesso e ter o apoio dos professores durante todo o tempo foi gratificante", avalia a professora do Coluni-UFF, Kate Lane Paiva, que participou da ocupação de ontem.
Reunião com Sesu-MEC
Quem participou da reunião foi Jesualdo
Farias, secretário da Sesu-MEC. Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, apresentou
os novos elementos de negociação dos docentes federais em greve – protocolados
no próprio MEC na semana anterior. Rizzo também questionou Jesualdo sobre como
as universidades federais serão afetadas pelas novas medidas de ajuste
apresentadas recentemente pelo governo federal, entre as quais a suspensão de
concursos públicos e o fim do abono-permanência.
O secretário respondeu que não tem como se posicionar sobre os elementos de negociação que incorrem em questões financeiras, pois isso é de atribuição do MPOG, e se esquivou do debate dessas pautas. Em relação aos concursos públicos, afirmou que imagina que os concursos já aprovados serão realizados, mas que isso ainda depende de reuniões com o ministro da educação e com Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo do MEC. Jesualdo disse que as medidas de ajuste e arrocho são gerais a todo o serviço público, mas que não tem certeza de como elas afetarão as universidades.
Os representantes estudantis que
participavam da reunião questionaram, então, o secretário sobre os cortes
orçamentários que sofreu a educação pública, enquanto o governo federal segue
investindo dinheiro público em educação privada. Criticaram o fato de que
muitos campi de universidades federais foram abertos sem quaisquer condições de
permanência estudantil, e exigiram que só fossem abertos novos campi com
moradia estudantil e restaurante universitário. Por fim, reivindicaram que o
governo federal invista R$ 3 bilhões no Plano Nacional de Assistência
Estudantil (PNAES).
Jesualdo respondeu que o MEC tem retido
todos os pedidos de criação de novos campi que não apresentam o mínimo de
estrutura para assistência estudantil, mas que as universidades podem, com sua
autonomia, construí-los por outros meios. Ressaltou ainda que o MEC tem
trabalhado cotidianamente para conseguir recursos adicionais mas, valendo-se da
crise econômica, seria impossível a reversão dos cortes.
Olgaíses Maués, 2ª vice-presidente da
Regional Norte II do ANDES-SN, cobrou a presença do ministro Janine Ribeiro nas
negociações com os docentes federais, lembrando que ele é o único ministro da
educação que nunca recebeu o Sindicato Nacional ou os docentes grevistas, e que
seria uma sinalização importante de respeito à categoria caso ele aceitasse
marcar uma reunião.
O secretário da Sesu-MEC respondeu que
tentaria marcar a reunião com o ministro, desde que os docentes desocupassem o
gabinete do ministro. A resposta dos docentes foi que não havia confiança no
ministério a ponto de desocupar antes de que a reunião fosse marcada, e que a
ação radicalizada era necessária, visto que a greve já dura quase quatro meses
e as negociações praticamente não avançaram – mesmo com os esforços dos
grevistas em apresentar novos elementos para negociação.
Ocupação do gabinete de Janine
A reunião terminou, assim, em um
impasse. Os docentes se negaram a desocupar o gabinete enquanto uma reunião com
Janine não fosse marcada. Algumas horas depois, com intermediação de uma
deputada federal, Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo do MEC, se
comprometeu a marcar uma reunião entre os docentes federais, estudantes e
Janine Ribeiro para o dia 5 de outubro. A proposta foi aceita com a ressalva de
que seria importante que a reunião acontecesse já na próxima semana, dada a
gravidade da situação da educação pública federal.
Após quase cinco horas, os docentes
desocuparam o gabinete do ministro. Giovanni Frizzo, 1º vice-presidente da
Regional Rio Grande do Sul, ressaltou que a ocupação foi vitoriosa, pois a
intenção da ação era justamente conseguir com que o ministro recebesse o CNG do
ANDES-SN. Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, afirmou que as manifestações
foram vitoriosas, já que conseguiram fazer com que MPOG e MEC marcassem novas
reuniões.
“Não tínhamos resposta do MPOG desde 31
de agosto, e do MEC desde 3 de setembro. Queremos negociar, e, inclusive,
apresentamos novos elementos para negociação. Mas foi apenas com muita
mobilização que conquistamos essas duas reuniões”, disse o presidente do
ANDES-SN.
Confira aqui os novos elementos de negociação, protocolados pelo
CNG do ANDES-SN no MEC e no MPOG dia 24 de setembro
Fonte: ANDES-SN com edição de Aduff-SSind
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
Declaração oficial dos docentes em ocupação do gabinete do Ministro da Educação
Professores federais em greve ocuparam, na tarde dessa quinta (24) o gabinete do
Ministério da Educação, em Brasília, para exigir audiência com o
ministro Renato Janine. Desde o início da greve, deflagrada no dia 28 de
maio, os professores reivindicam sem sucesso um encontro com o ministro
da Educação. Negocia, Janine!
Leia, abaixo, a "Declaração oficial dos docentes em ocupação do gabinete do Ministro da Educação".
Declaração oficial dos docentes em ocupação do gabinete do Ministro da Educação
“Depois de mais de 115 dias da greve da educação federal 16 docentes ocuparam o gabinete do Ministro da Educação, exigindo que o mesmo receba o Comando Nacional de Greve e acabe com o impasse das negociações. Nesse sentido, após debate intenso, deliberamos pela manutenção da ocupação até que o ministro Janine Ribeiro receba o CNG ANDES. Reiteramos que esta ocupação é de inteira responsabilidade do MEC que mantém sua intransigência em não negociar com os docentes em greve”.Brasília, 24 de setembro de 2015.
Docentes das IFE realizam ato em frente ao MPOG nesta quinta-feira (24)
Professores reivindicam que o Ministro
de Planejamento Sérgio Mendonça receba o CNG/ANDES-SN
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Os docentes
das instituições federais de ensino permanecem mobilizados em Brasília nesta
quinta-feira (24) para pressionar o governo a receber o Comando Nacional de
Greve dos docentes e os representantes do ANDES-SN, sindicato nacional da
categoria. Neste momento, os professores realizam ato em frente ao prédio do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e bloqueiam a principal
entrada do edifício. Eles reivindicam reunião com o ministro Sérgio Mendonça
para apresentar e debater a contraproposta de negociação elaborada pelo Comando
Nacional de Greve dos docentes (leia abaixo). 27 professores do Comando Local
de Greve da UFF (CLG-UFF) estão presentes na manifestação. A participação nos
atos de hoje foi aprovada em reunião do comando.
O dia de
ontem (23) também foi marcado por protestos dos servidores públicos federais e
dos movimentos sociais – em Brasília e nos estados - contra o novo pacote de
cortes do governo federal, anunciado como parte do ‘ajuste fiscal’. No início
do dia, integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) chegaram a
ocupar o saguão do prédio do Ministério da Fazenda, na capital federal, mas
logo depois foram expulsos por grande aparato policial, que utilizou gás lacrimogêneo
e spray de pimenta para dispersar os manifestantes. A polícia militar cercou o
prédio, mas os servidores públicos federais e o MTST continuaram em frente ao
Ministério da Fazenda, em ato. Além do ato nacional, em Brasília, o MTST também
promoveu um dia de ocupação das sedes do Ministério da Fazenda nos estados.
Estão ocupadas as representações do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.
Confira a
contraproposta do Comando Nacional de Greve que aponta novas estratégias para
essa fase de negociação com o governo. Vale ressaltar que o documento foi aprovado
na íntegra pelos docentes da UFF reunidos em assembleia geral da categoria no
dia 17 de setembro.
NOVOS ELEMENTOS PARA DEFINIÇÃO DE
ESTRATÉGIAS DE NEGOCIAÇÃO DA PAUTA DA GREVE DOS DOCENTES FEDERAIS
“1- Defesa
do caráter público da universidade:
1.1- Exigir
do Ministro da Educação que assine compromisso de não adoção nas IFE da forma
mercantil de gerenciamento e contratação, através das OS ou formas
equivalentes;
1.2-
Reversão dos cortes no orçamento, com a garantia dos valores previstos na Lei
Orçamentária de 2015 e as suplementações necessárias para garantir a manutenção
e investimentos já previstos, levando em conta as demandas pela qualidade do
trabalho e estudo, incluindo a assistência e permanência estudantil;
2– Condições
de trabalho:
2.1-
Concursos: Exigir que o MPOG libere e o MEC apresente cronograma de concurso
para as novas vagas, já aprovadas em lei: 4.090 para docentes; 150 para o cargo
de titular livre e 5091 de STA;
2.2-
Obras:Compromisso com cronograma de finalização das obras em andamento e o
compromisso de liberação de verbas para novas obras e equipamentos necessários
diante da expansão já realizada e projetada pelas IFE;
3- Garantia
de autonomia:
Revogação da
Lei 9192/95 e o parágrafo único do artigo 56 da Lei 9394/96 (LDB) que ferem os
preceitos constitucionais da democracia e da autonomia (escolha dos dirigentes
e composição dos conselhos superiores respectivamente);
4-
Reestruturação da carreira e Valorização salarial:
Questão 1:
Condicionar a possibilidade de acordo financeiro com vigência para 2016 e 2017
à aceitação, pelo governo, de promover reestruturação inicial da malha salarial
dos docentes com parâmetros definidos em termo de acordo e fixados em lei,
tendo como referência o índice de 19,7% já aprovado pelas assembleias, a partir
do piso no valor de R$ 2.018,77.
Justificativa:
O objetivo é buscar a superação dos achatamentos vertical e horizontal atuais
(diferenças salariais entre os vencimentos básicos (VB) no maior nível e na
maior titulação).
Questão 2:
Na atual negociação manter o piso de R$ 2.018,77 para possibilitar avanços na
reestruturação da tabela de VB com degraus na sua evolução vertical e na
relação entre regimes de trabalho.
Justificativa:
Priorizar, no atual processo de negociação, os aspectos estruturantes básicos e
a definição de GT que atenda aos aspectos conceituais, que também precisam ser
negociados já. A referência básica do CNG para isso deve ser o acordo firmado
com o Secretário da SESU em abril de 2014, pois neste GT precisa haver espaço
para tratar de questões tais como: carreira única do magistério federal, um
único cargo, uma linha só no contracheque, com incorporação da RT, fim de
classes e existência apenas de níveis com degraus constantes entre eles,
possibilidade de todos os professores se desenvolverem até o último nível da
carreira dentro da faixa salarial correspondente à sua titulação, entre outras
questões. Isso significa que, na negociação atual da malha salarial, estaremos
trabalhando, ainda, com a existência das duas carreiras, com classes e níveis e
com VB e RT. Destas considerações emanam as próximas questões.
Questão 3:
Considerando-se que ainda e existem classes e níveis, negociar degraus, que
venham a constar em acordo e em lei,
buscando elevar a relação entre piso e teto para cada regime de trabalho.
Admite-se um momento de transição, no qual pode haver diferença entre os
degraus em algumas classes e entre alguns níveis, para reduzir o achatamento
vertical.
Justificativa:
na carreira atual, não há um padrão nas diferenças percentuais entre os degraus
que separam cada classe e cada nível de titulação. Este item prioriza o
objetivo de reduzir o achatamento salarial entre classes e níveis.
Questão 4:
Exigir que os termos de instituição de Grupo de Trabalho proposto pelo governo
para tratar da carreira garantam o tratamento das questões estruturantes da
proposta do ANDES-SN, conforme acordado com a SESU em abril de 2014.
Questão 5:
Exigir que, a partir de 01/01/2016, o VB para DE corresponda a 1,55 vezes o de
40h e que isto conste de acordo e de lei e que se avance progressivamente na
relação entre os VB de 40h e de 20h, até que o de 40h corresponda ao dobro do
de 20h.
Questão 6: O
CNG deve, nos termos estritos das questões 1 a 5, negociar com vistas a obter
os avanços estruturais na malha salarial, e qualquer proposta de acordo será
submetida à apreciação e deliberação das assembleias.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Assembleia Geral acontece na terça (29)
Assembleia Geral dos Docentes da UFF acontece na próxima terça, dia 29/9, às 15h, na Quadra da Educação Física/ Campus do Gragoatá.
Em pauta: 1) Informes; 2) Avaliação da Greve; 3) Outros assuntos
Informações importantes:
1) CRECHE: Docentes interessados em deixar os filhos em espaço de recreação na sede da Aduff-SSind devem encaminhar e-mail para aduff@aduff.org.br, informando a idade da criança.
2) IDENTIFICAÇÃO: Podem participar da assembleia professores sindicalizados ou não, munidos de documento que comprove docência na universidade.
3) CREDENCIAMENTO: O livro de assinaturas será aberto uma hora antes do início da assembleia.
4) REEMBOLSO: Professores das unidades fora da sede podem solicitar o reembolso da passagem para o deslocamento, mediante a apresentação dos comprovantes
Em dia nacional de protestos, servidores públicos e movimentos sociais realizam ato em Brasília contra cortes e ajuste fiscal
Crédito: MTST |
No
Rio, MTST ocupou Hall do prédio do Ministério da Fazenda, onde promove ato
DA REDAÇÃO DA ADUFF
A manhã desta quarta-feira (23) foi marcada pelos
protestos dos servidores públicos federais e dos movimentos sociais – em Brasília
e nos estados - contra o novo pacote de cortes do governo federal, anunciado
como parte do ‘ajuste fiscal’. No início do dia, integrantes do MTST (Movimento
dos Trabalhadores Sem Teto) chegaram a ocupar o saguão do prédio do Ministério
da Fazenda, na capital federal, mas logo depois foram expulsos por grande aparato
policial, que utilizou gás lacrimogênico e spray de pimenta para dispersar os
manifestantes. A polícia militar cercou o prédio, mas os servidores públicos
federais e o MTST continuam em frente ao Ministério da Fazenda, em ato.
A presidência da República fez contato com a direção do MTST propondo-se a receber lideranças do movimento. O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto reivindica que representantes do Fórum dos Servidores Públicos Federais também sejam recebidos pelo governo.
“A única coisa que pode garantir a reversão dos cortes
é a unidade dos trabalhadores. Por isso é fundamental os atos nacionais
promovidos pelo MTST em conjunto com os servidores públicos federais”, ressalta
Eblin Farage, professora da UFF que integra o Comando Local de Greve dos
docentes na universidade e está em Brasília, junto com mais 26 professores da
Universidade Federal Fluminense. A participação nos atos de hoje foi aprovada
em reunião do CLG docente da UFF.
Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores
Sem Terra) em conjunto com os educadores da reforma agrária também ocupam a
sede do Ministério da Educação.
Ocupação
nos estados
Crédito: Márcio Malta |
Além do ato nacional, em Brasília, o MTST também promove
um dia de ocupação das sedes do Ministério da Fazenda nos estados. Estão
ocupadas as representações do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.
No Rio, com o mote “se esse governo só vai na
pressão, os sem-teto vieram aqui comer feijão”, integrantes do movimento
ocuparam o hall do Ministério da Fazenda (na Av. Antônio Carlos) e estão
organizando uma grande feijoada. Também estão presentes no ato o Comando Local
de Greve docente da UFF, professores da UFRJ e estudantes das duas
universidades. Integrantes do MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados)
também estão chegando ao local, em passeata. À tarde, os manifestantes
desocupam o Ministério da Fazendo e saem às ruas, em protesto. “O ato consiste
em tentar pressionar o governo e mostrar que o ajuste fiscal só está tirando de
setores populares”, explica o professor da UFF e integrante do CLG docente,
Márcio Malta.
“Mais uma vez repudiamos as soluções adotadas pelo
Governo Federal que joga o custo da crise nas costas dos trabalhadores mais
pobres e dos servidores públicos. Desta vez foi anunciado o corte de mais R$26
bilhões no Orçamento. Os principais cortes referem-se ao congelamento no
salário de servidores e ao financiamento do Minha Casa Minha Vida, além de
R$3,8 bilhões na saúde”, diz a nota intitulada “Por que estamos ocupando as
sedes do Ministério da Fazenda em todo país?”, divulgada na manhã desta quarta
pelo MTST. Para ler o documento na íntegra, clique aqui.
Servidores protestam juntos nesta 4ª (23) contra novo pacote de cortes
Manifestações em Brasília e em estados, com atos e paralisações, expressam rejeição de servidores ao novo pacote de cortes do governo federal; movimentos sociais também protestam
Os servidores públicos federais respondem nesta quarta-feira (23) com um dia nacional de protestos e paralisações ao novo pacote de cortes do governo federal. As medidas anunciadas como parte do ‘ajuste fiscal’ atingem diretamente o setor e incluem adiar por sete meses o reajuste salarial de 2016, suspender os concursos públicos, pôr fim ao abono permanência e cortar mais recursos orçamentários de áreas sociais. As manifestações ocorrem em Brasília e em alguns estados.
O anúncio das medidas foi recebido com críticas e indignação pelas direções sindicais – mesmo entre sindicalistas alinhados ao governo federal. Esse foi o tom dos debates na reunião realizada logo depois, em Brasília, com 19 entidades sindicais nacionais que integram o Fórum dos Servidores Federais.
A reunião articulou o protesto, definiu as bases de um documento contrário ao pacote – que seria entregue às presidências da República, do Senado e da Câmara dos Deputados – e decidiu por consenso buscar as centrais sindicais para construir a convocação de uma greve geral que pare o país e expresse a insatisfação do conjunto dos trabalhadores com a política econômica adotada pelo governo.
Para o servidor Saulo Arcangeli, da coordenação da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) e dirigente sindical do Judiciário Federal, as medidas são um golpe contra os serviços públicos. “Há muita indignação das categorias com o pacote. Um verdadeiro ataque a direitos e um maior sucateamento do serviço público que já sofre com ampliação da terceirização, precarização do trabalho e cortes no orçamento”, critica, observando que o adiamento da primeira parcela do reajuste previsto torna ainda pior a proposta que já havia sido rejeitada pelos servidores, por não contemplar a reposição das perdas inflacionárias.
A docente da UFF Eblin Farage, que participou da reunião pelo Comando Nacional de Greve do Andes-SN, ressalta que é grande a insatisfação demostrada pelos dirigentes sindicais com as medidas. “O pacote motivou o fórum a se reunir e a pensar na atividade do dia 23, um dia nacional de paralisações, mobilizações e a atividades em Brasília e nos estados contra o pacote do governo”, disse.
Diante da reação dos servidores, jornais já divulgam um suposto recuo do governo no adiamento do reajuste – que, por essa versão, seria postergado em três meses, sendo aplicado a partir de abril de 2016. Seja como for, os servidores pretendem expressar com atos contundentes na quarta-feira (23) a indignação da categoria com o modo como as negociações vem sendo conduzidas pelo governo até aqui. Delegação do Comando Local de Greve dos docentes da UFF, instalado na Aduff-SSind, participa da atividade em Brasília.
Movimentos sociais
Integrantes de movimentos sociais realizam na manhã desta quarta uma série de manifestações pelo país, lideradas pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). No Rio, a entrada do Ministério da Fazenda, no centro da cidade, foi bloqueada. Em Brasília, a sede central da Fazenda também foi ocupada pela manhã - a polícia utilizou gás de pimenta para retirar os manifestantes, que permaneciam em frente à pasta pela manhã. Servidores em greve participam dos protestos.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
foto: Professores da UFF no ato em Brasília, no Ministério da Fazenda, nesta quarta (23)
crédito: Arquivo Pessoal/Paula Kapp
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Encontro Nacional de Lutadores define jornada de lutas para outubro
Com mais de 1.200 pessoas, Encontro Nacional de Lutadores apontou construção de jornada de lutas para o mês de outubro e Encontro Nacional de Educação para 2016
Em greve há mais de cem dias, docentes e estudantes da UFF participaram no último fim de semana da Marcha Nacional dos Trabalhadores e do Encontro Nacional de Lutadores, em São Paulo, em protesto contra as medidas do governo federal e contra a oposição de direita.
Visando fortalecer a mobilização contra o governo de Dilma Rousseff (PT), o PSDB de Aécio e o PMDB de Michel Temer e Eduardo Cunha, manifestantes apontaram construção de jornada de lutas para o mês de outubro e construção de Encontro Nacional de Educação para 2016. Cerca de 1.200 pessoas se reuniram na quadra do sindicato dos metroviários de SP no Encontro Nacional de Lutadores, no sábado (19), após Marcha Nacional dos Trabalhadores levar, no dia anterior, mais de dez mil manifestantes a avenida Paulista, fazendo ecoar palavras de ordem contra o ajuste fiscal, a Agenda Brasil, o corte do abono permanência e outros ataques aos serviços públicos brasileiros.
Com a realização de encontros locais e regionais para avaliar a conjuntura e impulsionar a reação dos trabalhadores às medidas do governo federal, jornada de lutas durante mês de outubro, chamada de "Outubro de Lutas", pretende dar atenção e fortalecer iniciativas dos trabalhadores, como campanhas salariais e greves das categoriais, as lutas do movimento popular e de combate às opressões de gênero, sexual ou racial.
"Na carta final, houve o apontamento de uma agenda de lutas de enfrentamento ao governo e ao ajuste fiscal, rejeitando as medidas do governo que ferem os servidores e exigindo a não transferência de recursos para pagamento da dívida pública, exigindo tributação às grandes fortunas, ou seja, outros meios de enfrentamento à crise que o país está enfrentando", disse Gustavo Gomes, da direção da Aduff. Gustavo também salientou que devido a carência de servidores no funcionalismo público brasileiro, "corte de salários e direitos dos servidores enfraquecerá o serviço público, principalmente em um momento em que o governo determina o corte do abono permanência e anuncia a suspensão de concursos públicos".
Para Sônia Lúcio Rodrigues, diretora da Aduff, a Marcha e o Encontro foram "fundamentais para dar visibilidade e resistência aos militantes e aos movimentos sociais que não apoiam o governo Dilma e suas medidas de ataques aos trabalhadores brasileiros", e avaliou os eventos como positivos para que os trabalhadores possam se organizar contra o ajuste fiscal. Com mais de 140 entidades presentes, Kate Paiva, do Comando Local de Greve, considerou notável a "força que temos para colocar gente na rua e apontar que a saída é pela esquerda", afirmando que o governo do PT não é um governo de esquerda.
Convocada pela CSP Conlutas e outros movimentos a partir de reunião do Espaço Unidade de Ação, que aglomera movimentos sociais em busca de ampliação da unidade entre os que se opõem ao governo do PT e também aos partidos de direita, marcha teve balanço positivo. Expectativa é de aumento de mobilização nas próximas semanas, consideradas decisivas na luta contra o governo e contra a direita.
"A marcha é importante e significativa pelo que representa na conjuntura porque é uma resposta potente ao ajuste fiscal. A Marcha e o Encontro agregaram importantes entidades, foi fundamental, mas precisa ser ampliada. É um espaço pra se construir uma alternativa ao governo e à direita, e pra isso é preciso ampliar", finalizou Wanderson Melo, da diretoria da Aduff.
DA REDAÇÃO DA ADUFF Por Niara Aureliano
Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, em São Paulo (18)
Fotos créditos: Jesus Carlos
Em greve há mais de cem dias, docentes e estudantes da UFF participaram no último fim de semana da Marcha Nacional dos Trabalhadores e do Encontro Nacional de Lutadores, em São Paulo, em protesto contra as medidas do governo federal e contra a oposição de direita.
Visando fortalecer a mobilização contra o governo de Dilma Rousseff (PT), o PSDB de Aécio e o PMDB de Michel Temer e Eduardo Cunha, manifestantes apontaram construção de jornada de lutas para o mês de outubro e construção de Encontro Nacional de Educação para 2016. Cerca de 1.200 pessoas se reuniram na quadra do sindicato dos metroviários de SP no Encontro Nacional de Lutadores, no sábado (19), após Marcha Nacional dos Trabalhadores levar, no dia anterior, mais de dez mil manifestantes a avenida Paulista, fazendo ecoar palavras de ordem contra o ajuste fiscal, a Agenda Brasil, o corte do abono permanência e outros ataques aos serviços públicos brasileiros.
Com a realização de encontros locais e regionais para avaliar a conjuntura e impulsionar a reação dos trabalhadores às medidas do governo federal, jornada de lutas durante mês de outubro, chamada de "Outubro de Lutas", pretende dar atenção e fortalecer iniciativas dos trabalhadores, como campanhas salariais e greves das categoriais, as lutas do movimento popular e de combate às opressões de gênero, sexual ou racial.
"Na carta final, houve o apontamento de uma agenda de lutas de enfrentamento ao governo e ao ajuste fiscal, rejeitando as medidas do governo que ferem os servidores e exigindo a não transferência de recursos para pagamento da dívida pública, exigindo tributação às grandes fortunas, ou seja, outros meios de enfrentamento à crise que o país está enfrentando", disse Gustavo Gomes, da direção da Aduff. Gustavo também salientou que devido a carência de servidores no funcionalismo público brasileiro, "corte de salários e direitos dos servidores enfraquecerá o serviço público, principalmente em um momento em que o governo determina o corte do abono permanência e anuncia a suspensão de concursos públicos".
Para Sônia Lúcio Rodrigues, diretora da Aduff, a Marcha e o Encontro foram "fundamentais para dar visibilidade e resistência aos militantes e aos movimentos sociais que não apoiam o governo Dilma e suas medidas de ataques aos trabalhadores brasileiros", e avaliou os eventos como positivos para que os trabalhadores possam se organizar contra o ajuste fiscal. Com mais de 140 entidades presentes, Kate Paiva, do Comando Local de Greve, considerou notável a "força que temos para colocar gente na rua e apontar que a saída é pela esquerda", afirmando que o governo do PT não é um governo de esquerda.
Convocada pela CSP Conlutas e outros movimentos a partir de reunião do Espaço Unidade de Ação, que aglomera movimentos sociais em busca de ampliação da unidade entre os que se opõem ao governo do PT e também aos partidos de direita, marcha teve balanço positivo. Expectativa é de aumento de mobilização nas próximas semanas, consideradas decisivas na luta contra o governo e contra a direita.
"A marcha é importante e significativa pelo que representa na conjuntura porque é uma resposta potente ao ajuste fiscal. A Marcha e o Encontro agregaram importantes entidades, foi fundamental, mas precisa ser ampliada. É um espaço pra se construir uma alternativa ao governo e à direita, e pra isso é preciso ampliar", finalizou Wanderson Melo, da diretoria da Aduff.
DA REDAÇÃO DA ADUFF Por Niara Aureliano
Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, em São Paulo (18)
Fotos créditos: Jesus Carlos
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